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Pensar Educação e Mídia, juntas, pressupõe a atividade de analisar. E analisar, em seguida, pressupõe a crítica. Que também é uma capacidade autônoma de entender e se relacionar com a informação que recebe. Concordar e discordar com argumentos, complementar informações e ser também um produtor. Assim, surgem dois temas essenciais: ser um prossumidor e investigar a legitimidade da informação.

Um dos principais desafios é, diante de todas as transformações que vivenciamos, entender o nosso momento de comunicação. Onde estamos? A partir de onde olhamos o que está ao nosso redor? O que pensamos quando olhamos? Para onde olhamos quando estamos pensando?

Hoje as pessoas não são mais simples consumidoras. São os chamados prossumidores. Aqueles que consomem a informação e são agentes de produção de conteúdos e com eles comunicam. Aliás, comunicar tem sido o maior passatempo de muita gente. São diversas formas, muitos canais e múltiplas maneiras de se fazer comunicação.

Portanto, o desafio atual é a formação dos sujeitos para a emissão e produção crítica e criativa. Mas afinal, onde está a verdade? Qual a legitimidade das informações? Será que a verdade está em algum lugar?

Quando só existiam algumas poucas versões dos fatos – a dos meios de comunicação de massa, já era difícil saber com clareza o recorte de informação escolhido pela mídia, hoje com as mídias e redes sociais digitais, é ainda mais difícil. Se antes, uma informação não poderia ser vista como verdade absoluta e deveria ser relacionada com outras versões, o trabalho hoje é digno de um Sherlock Holmes da informação. Todos devem investigar profundamente de onde partem as informações que recebem, para onde vão e com que intenções.

O fenômeno tem dois lados. A vantagem de contar, compartilhar e contribuir com a vida pública, e a capacidade de ludibriar e confundir aumenta ainda mais a cortina de fumaça que se forma diante dos fatos. É incrível como uma sociedade que sofre com a redação, de uma hora para outra cria conceitos, julga, condena, inocenta e desmascara rapidamente nas mídias digitais. Parece que agora a internet, e em especial as redes sociais digitais são o demiurgo que confere verdade aos fatos. Está mais do que na hora do Sherlock pegar sua lupa e investigar, para compartilhar, curtir e publicar com mais critérios.

>> Artigo escrito por Everton Luiz Renaud de Paula, filósofo e mestrando em Educação pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Atualmente, é tutor na UFPR e professor tutor na Universidade Positivo. O profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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