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(Foto: Brunno Covello)
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(Foto: Brunno Covello)

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Fechar os olhos para a tecnologia que permeia o cotidiano de um colégio é bobagem. E falo isso olhando não só para os alunos, cada vez mais ávidos pelas novidades que surgem, mas também para professores, diretores e pais. Uma ferramenta que, se bem usada, aproxima famílias na ampliação do conhecimento e na oferta de informação. Trazer para a sala de aula tantas quantas forem as mídias possíveis, renova a energia e possibilita a interação entre os alunos mesmo fora do período de aula. Mas nem sempre o que vemos são os bons exemplos da conectividade. E é aí que mora o perigo.

Não é novidade que os pais sempre devem estar atentos ao que os filhos acessam na internet. No entanto, o alcance e consequências do que é produzido e compartilhado é relativamente novo. É por isso que nunca se falou tanto da seriedade do cyberbullying (assédio virtual) para os jovens. Ainda em processo de formação, muitos adolescentes são alvo de publicações e comentários depreciativos, que podem causar traumas profundos. Depressão, interrupção de atividades e mudança de colégio e até mesmo de cidade não são incomuns quando essa realidade atinge alguns jovens.

Felizmente, há inúmeros casos de como a internet e as redes sociais utilizadas por adolescentes podem estar atreladas à disseminação da informação. O britânico Jackson Harries, por exemplo, é um vlogueiro que desde os 18 anos posta vídeos de suas viagens ao redor do mundo com destaque para os desafios enfrentados por pessoas que vivem na pobreza em países como Índia e Sri Lanka. O canal dele, e do irmão gêmeo, já tem mais de quatro milhões de assinantes. Outro exemplo é o aluno americano recém-saído do Ensino Médio, Matt Severson, que em viagem pela Tanzânia percebeu que quase nenhum dos adolescentes que conheceu estudava. Ele, então, criou o Fundo da Escola, uma plataforma digital que permite pessoas financiarem diretamente a educação de alunos e alunas de vários países em situação de pobreza. Já são mais de mil crianças e adolescentes beneficiados.

Mais perto da realidade brasileira, está a First Lego League, um programa internacional voltado para crianças de 9 a 16 anos, criado para despertar, com o uso da robótica, o interesse dos alunos em temas como ciência e tecnologia no ambiente escolar. Com o uso das redes sociais, esses alunos criam perfis de suas equipes, interagem com os fãs e também com outros times do mundo todo, já que o evento acontece em mais de 100 países. O grupo de jovens usa todo o conhecimento para criar soluções com robôs para problemas do cotidiano. Na temporada 2015-16 o torneio teve como tema a reciclagem (Trash trek).

Essas boas ideias mostram que o uso consciente e responsável da internet e das mídias sociais também serve para fazer o bem, estimular o conhecimento e criar um mundo com mais oportunidades e igualdade. O nosso papel como educadores é direcionar os alunos para atitudes inteligentes, para produzir e disseminar boas ideias.

*Artigo escrito por Lilian Luitz, psicopedagoga especialista em desenvolvimento pessoal e familiar e gerente de educação do SESI Paraná. O SESI colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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