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Para cuidarmos do futuro e do bem-estar de nossas crianças precisamos considerar as pessoas com quem elas passam várias horas por dia, seus educadores. Toda a criança tem o direito a uma educação de boa qualidade, conforme enfatiza o International Covenant on Economics, Social and Cultural Right (Pacto Internacional sobre Direito Econômico, Social e Cultural) (art. 13, 2). Para garantir isso é vital que se tenha educadores qualificados, motivados e, o mais importante, bem preparados.

No meu país de origem, a Finlândia, os candidatos a professores são escolhidos por meio de concorridos processos seletivos, nos quais as universidades preferem os mais motivados e dedicados, do que os mais academicamente qualificados. Todos os professores graduados têm Mestrado, que incluem aprofundamento em estudos pedagógicos, de planejamento, formação prática e outras atividades relacionadas a prática docente.

A história da cultura e das políticas educacionais da Finlândia não foram sempre tão bem-sucedidas, como hoje indicam as avaliações internacionais, como o PISA. Nos anos 1970 houve uma mudança na legislação e uma reforma da visão da educação, cujos resultados podem ser vistos hoje. Nesse período, considerou-se que investir na educação do professor seria investir no país, e os resultados e benefícios estão sendo aproveitados até hoje.

Investir na formação dos educadores é igual a investir em crianças e adolescentes, no futuro delas e da sociedade. Esse investimento já foi indicado por vários estudos científicos como benéficos para aumentar a produtividade do trabalho e a qualidade de vida. É um investimento certo, com alta rentabilidade no futuro.

É essencial considerar que a formação dos professores não finaliza quando ele sai da universidade. Para garantir a qualidade da educação é necessário a formação continuada desses profissionais, auxiliando-os a se manterem motivados e preparados para lidarem com os constantes e diversos desafios de suas carreiras.

As competências pedagógicas precisam estar no centro dessa formação dos educadores, pois eles não são apenas peritos e suas áreas, mas sim profissionais do ensino de crianças e adolescentes em certos estágios de desenvolvimento.

Em todo o mundo muitos professores enfrentam problemas psíquicos, como a depressão e o estresse, por consequência do seu trabalho. Isso prejudica diretamente suas atividades e também é resultado da falta de preparo e apoio para lidarem com as diversidades que vivem no seu dia a dia.

Quando os professores são bem-cuidados, preparados e apoiados, é mais provável que fiquem motivados para exercer seu chamado mais sincero, suas vocações.

* Artigo escrito por Annukka Lyttinen, professora finlandesa, mestre em Educação e colaboradora da equipe de coordenação da Pós-graduação em Educação Transformadora da Associação Gente de Bem, instituição que desenvolve programas de educação integral transformadora para adolescentes, professores e famílias. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no Blog Educação & Mídia.

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