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A escola e seu compromisso na sociedade
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Educar crianças, adolescentes e jovens para o exercício pleno da cidadania, não é uma tarefa muito fácil nos dias de hoje. Eles aprendem a todo o momento e de formas diversas, sendo que a família e a escola têm um papel fundamental no desenvolvimento do aluno. Quando há sintonia nas relações extraclasse, com acompanhamento da família em atividades sociais, culturais e de valores afetivos, os ganhos para a formação dos alunos são inúmeros.

 

A educação escolar cristã é, também, um modelo de formação e tem o objetivo de ir além da aprendizagem acadêmica, culminando na formação integral do ser humano.  Com ela, associam-se os saberes teóricos e práticos, além dos valores e princípios, pautados numa espiritualidade cristã. A escola passa a ser um cenário em que os indivíduos se constroem como pessoas, estudiosos, pesquisadores e cidadãos.

 

A educação acadêmica deve possibilitar o desenvolvimento do pensamento lógico, o interesse pela pesquisa, o exercício de compreender os processos, ou seja, levar o aluno a produzir e adquirir conhecimento. Porém, ainda que essa missão seja importante, é necessário ir além do conhecimento científico. Nossos jovens precisam estar preparados para enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, onde não basta ser bom academicamente é preciso saber viver em sociedade, intervir de forma cidadã no seu espaço, amar o próximo e disseminar valores como a solidariedade e o respeito.

 

A dimensão espiritual consiste em ensinar, ciências, matemática, arte, literatura e história, de modo que chame o aluno ao compromisso cristão da intervenção. Em espaços privilegiados, ele é convidado a desenvolver a sua relação com o divino, sendo a espiritualidade aquilo que sustenta as práticas.

 

A escola também deve se preocupar com o “o que” e o “como ensinar”, pois é um espaço de resolução de conflitos, de negociar diferenças de visão, perspectivas e vontades. Esse modelo de educação pretende implicar no tipo de intervenção a ser feita, levando-se em consideração a realidade, o compromisso da comunidade escolar e a união dos esforços para a formação de bons cristãos e virtuosos cidadãos.

 

Ser aluno hoje é estar aberto a produzir conhecimentos, dialogando com seus colegas e professores, certo de que será ouvido e enriquecido em sua opinião e escolhas. É ser agente de transformação e elaboração de uma sociedade sedenta por cidadãos críticos, participativos, curiosos e, sobretudo, solidários.

 

Nesse cenário todo, a família entra com a responsabilidade de alimentar, cuidar, proteger, promover crescimento pessoal e social, ensinar o respeito ao outro e ao meio em que vivemos, de forma a assegurar um futuro melhor. As responsabilidades da família e da escola devem se complementar para garantir o sucesso de todos. Ambas devem estabelecer uma relação mútua de exigências, pois ações desencontradas podem prejudicar o trabalho um do outro. Portanto, a comunicação efetiva é ponto de partida para o aluno. Cumprir com responsabilidade esse compromisso institucional significa considerar cada um dos sujeitos e cenários e suas múltiplas visões.

 

Enfim, a missão da escola é clara: formar profissionais capazes e cidadãos conscientes, comprometidos e que atuem de forma responsável na sociedade. Esta é a grande contribuição que o ensino deve oferecer: tornar o mundo melhor.

 

*Artigo escrito por Karin Reis, psicopedagoga e coordenadora do Ensino Fundamental II e Ensino Médio no Colégio Marista Criciúma (SC), do Grupo Marista, colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia. 

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