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[…] Eu entro no Facebook para me divertir e não trabalhar…
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Escutei uma amiga, por telefone, dizendo a alguém que: “eu entro no facebook para me divertir e não trabalhar”. Não explorei este assunto com ela, pois a mesma falava com uma pessoa que estava próxima a ela no momento que me atendeu ao telefone e, nosso assunto era outro. De qualquer forma, a fala desta amiga que é uma excelente professora dedicada a seus alunos me acompanhou por um bom tempo e me arrependi por não ter explorado esta afirmação na hora.

No post que escrevi neste blog em março afirmei que sendo a internet uma extensão da vida como ela é em todas as suas dimensões e sob todas as suas modalidades, os professores estão desafiados a estar no ciberespaço e educar na cibercultura. Isso implica em se utilizar espaços disponíveis no ciberespaço em atividades profissionais também. Será que muitos professores pensam como minha amiga? Surge aí uma excelente hipótese de pesquisa, parece que vida e trabalho devem ficar separados na rede, ou internet e escola devem estar separados. Quem é o professor que separa vida e trabalho? Ele consegue estabelecer esta separação? Por que faz isto? Com a chegada de tecnologias digitais na escola e redes de banda larga os professores conseguirão manter esta separação?

Enfim a semana seguiu e, por um acaso ou capricho do destino, me deparei com o livro de Gil Giardelli: “Você é o que você COMPARTILHA. E-agora: como aproveitar as oportunidades de vida e trabalho na sociedade em rede”, publicado pela editora GENTE. A apresentação do livro feita na contracapa não me motivou muito à leitura do livro, mas duas questões sim: o título estava diretamente ligado as minhas elocupletações da semana e o uso de QR Code, que é um código de barras bidimensional, que remete a links na internet que podem ser acessados a partir de um programa leitor e de uma câmera fotográfica de um celular ou smartphone.
O autor escreve sobre o mundo da economia colaborativa e da inovação acelerada, negócios, webemprendedorismo, sociedade em rede e ativismo digital, social Good, economia criativa. Faz uma boa argumentação sobre “Você é o que compartilha” aliando as questões de aldeia global à previsão de Marshall MacLuhan. Concordo quando afirma:

Qualquer que seja o mundo em que estamos começando a viver, com qualquer otimismo à parte, o fato é que existe algo de novo no ar. É algo feito com centenas de colaboradores que promovem não mais a produção em massa, mas a inovação em massa. (GIARDELLI, 2012, p. 27)

Tenho visto muitas inovações nas escolas que surgem com a conexão e com o compartilhamento nas redes sociais. E, como seres humanos, com tecnologia ou não já nos relacionamos, nos conectamos e compartilhamos, por que não utilizar a rede para isto?

Giardelli desenvolve a questão da educação com o subtítulo – Ensine menos, aprenda mais – e nos convoca a “rediscutirmos a educação em um mundo conectado 24 horas, sem tempo, com vários formatos de integração mundial”. (GIARDELLI, 2012, p 102). Ler este livro me levou a uma grande navegação pelos QR Code indicados e me instigou a convidar minha amiga para um debate on-line sobre esta questão. Será que ela topará uma conversa sobre este assunto pelo facebook ou marcaremos um café?De repente acontecerá os dois, pois “a tecnologia está impulsionando as pessoas a encontros em massa no mundo real” (GIARDELLI, 2012, p. 25). E você toparia participar deste compartilhamento a distância e presencial?

>> Glaucia Brito é professora do Departamento de Comunicação Social e dos Programas de pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) e Educação (PPGE) da UFPR, pesquisadora em Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.

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