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FOTO:Christian Rizzi/Gazeta do Povo
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FOTO:Christian Rizzi/Gazeta do Povo

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O espetáculo e o consumo tomaram conta também das salas de aulas, refletidos nas inúmeras telas luminosas das traquitanas ditas de última geração. Digo isso, pois a tecnologia tem sido reverenciada pelas instituições de ensino de maneira ingênua, através de salas modelos com tablets, lousas interativas e joysticks nas carteiras, mesmo que muitas vezes não tenham um planejamento pedagógico que agregue a utilização desses novos recursos.

É cada vez mais comum, gestores de colégios e universidades – eufóricos por conexões sem fim e telas sensíveis ao toque – investirem na compra das “novidades” e, após as primeiras semanas de aulas, escutarem relatos de educadores que desistiram das traquitanas, pois no fundo mais atrapalham do que agregam às aulas. Situação não muito diferente de uma criança frustrada ao descobrir que o brinquedo não voa e nem fala sozinho como nos anúncios da televisão.

Não voa e nem fala sozinho: uma pista importante. Antes de colocar uma ferramenta nova de apoio ao ensino na sala de aula, em uma realidade de fácil acesso à informação via internet, o educador precisa é ampliar o repertório neste mundão de páginas conectadas por gente do mundo inteiro. É necessário se esbaldar na quantidade de vídeos, artigos, relatórios, imagens, tours, entrevistas, periódicos, sites, simuladores e o que mais a imaginação permitir. Afinal, quanto conteúdo interessante você descobriu essa semana na web? Indicou ou compartilhou com os alunos ou colegas de trabalho? Guardou essas referências em que lugar?

Insisto que as instituições de ensino precisam é investir em plataformas online, que incentivem o professor a ter gana para pesquisar, produzir, organizar e alimentar um espaço com conteúdo de referência para ser compartilhado e utilizado por alunos e outros educadores. É isso que permitirá ao professor lidar com a tecnologia como aliada no processo de ensinar.

No entanto, na maioria dos casos, devido à cegueira branca das instituições de ensino pelas novidades, o que observo são professores inseguros que utilizam canetas e lousas interativas para apresentações de Power Point em que cada slide tem mais palavras do que esse texto.

>> Vinícius Soares Pinto é responsável pela Educação Digital e a Comunicação do Colégio Medianeira, instituição de ensino associada ao Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares do Paraná. É formado em Publicidade e Propaganda, especialista em Comunicação, Cultura e Arte e pós-graduando em Cinema.

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