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Quando criança sentia que meu dever no mundo era ajudar a sociedade de alguma maneira. Mas sempre fui muito desastrado para ser um policial, demasiadamente hematofóbico para ser da área de saúde e definitivamente sem dom para profissões que envolvessem um físico desenvolvido. Portanto, guardei essa semente em minha mente e aos poucos fui me tornando um homem. Os caminhos da vida me levaram a escolher as escolas de negócios, onde desde o início me senti realizado, pois sem dúvida os desafios das ciências sociais comungam com meu desejo de aflorar um lado empreendedor, algo que sempre achei válido desenvolver. Mas, mesmo guardada, aquela semente começou a crescer na minha cabeça e resolvi achar uma forma de alinhar minha profissão com o desejo de ajudar o próximo.

Assim, em 2009 conheci o Terceiro Setor, que é a gestão do investimento social privado para resolver diversas questões sociais. Meu primeiro contato com uma ONG foi no maior Hospital Pediátrico do Brasil, localizado em Curitiba. Pude entender que existem profissionais, dispostos a ajudar o próximo, utilizando ferramentas de estratégia, gestão, negociação, entre outros métodos que despertavam em mim curiosidade em aprender. Após minha experiência no Hospital conheci uma instituição que criou uma complexa e eficiente metodologia de gestão para desenvolver escolas e organizações voltadas a pessoas com deficiência.

No Brasil existem aproximadamente 60 mil pessoas com algum tipo de deficiência, que necessitam de instituições especiais para se desenvolver e ter acesso a uma qualidade de vida estável e próspera. Mas a realidade dessas instituições me chamou a atenção logo de partida. É inacreditável a vontade dos diretores e responsáveis em proporcionar uma qualidade de ensino para esses alunos, porém fragilidades em gestão e escassez de recursos fazem com que cada dia faltem mais vagas e ocorram mais problemas estruturais e organizacionais. Eis a pergunta: Como uma instituição sem fins lucrativos pode ser sustentável em um Brasil tão competitivo e implacável?

Umas das respostas para essa pergunta tem nome e sobrenome: Captação de Recursos. Um plano de captação bem elaborado e objetivo pode agregar valor tanto para quem propõe, quanto para o investidor. É possível criar contrapartidas voltadas ao Marketing Social para aumentar a visibilidade de empresas em relação a responsabilidade social, criar redes de investidores potencializando o Networking gerando novos negócios, aproximar colaboradores para perto de uma causa social e desenvolver aspectos profissionais e pessoais que aumentam a produtividade e geram satisfação. É possível utilizar a expertise de empresas em prol de uma instituição que jamais teria condições de pagar por tais serviços.

O retorno de um plano de captação pode criar desenvolvimento de diversas maneiras, desde a contratação de funcionários, melhorias na estrutura, qualificação de serviços prestados e criação de vagas. Hoje em dia trabalho na área comercial e vejo de perto o que o investimento social privado representa na vida de centenas de pessoas. Em muitos casos esperança, a esperança gera sorrisos e com sorrisos eu rego aquela semente que cresce em minha cabeça a cada dia.

*Artigo escrito por Matheus Garcia. Estudante de Gestão Comercial da FAE Curitiba, é captador de recursos na ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), ONG que trabalha para aprimorar a gestão das escolas gratuitas de educação especial, resultando na abertura de vagas e melhoria da qualidade de ensino. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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