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Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

(Foto:Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

O uso das Tecnologias Educacionais (TE) como forma de aprimorar o trabalho em sala de aula, tanto para professores como para alunos, é inquestionável e o avanço tecnológico é uma realidade que não pode ser esquecida ou desconsiderada dentro do processo educacional.

No ensino médio (EM) convivemos com uma dicotomia: para quem preparamos os nossos alunos? Para o ensino superior, ou para o mercado de trabalho? Aliada a esta questão, dados do IBGE mostram que a evasão no ensino médio é de 50%, ou seja, apenas metade dos estudantes que ingressam no último ciclo de formação da educação básica o conclui. E é neste cenário de desafios, e na busca por soluções que tragam respostas aos alunos, que as TE nos ajudam a encontrar caminhos para dar melhor significado ao EM.

Entendemos que as escolas precisam introduzir em todos os seus membros uma visão crítica em relação a qualquer fonte de conhecimento e, conjuntamente, pensar no atual modelo de Ensino Médio, sobretudo no sistema Integrado com o ensino técnico profissionalizante, como uma necessidade nos dias atuais, uma vez que, de modo geral, a etapa do ensino médio não responde mais a demanda atual exigida pelo mercado.

Mais do que mudanças, faz-se necessário reformular o atual modelo e criar uma nova cultura sobre o currículo escolar, de forma transversal e linear. Pensar em um currículo por áreas do conhecimento e integrá-lo com a parte profissionalizante.

Para isso, é necessário considerar a forma como os partícipes do processo educacional, escola, professores, alunos e família, veem o uso criativo das TE para atender às exigências necessárias de formação acadêmica e do mercado de trabalho, resultando na melhor inserção e adaptação dos alunos no processo de aprendizagem e nas relações sociais.

Acredito que o uso das TE deve ter por base a humanização, a inovação, a sustentabilidade e o empreendedorismo, isso porque não podemos acreditar que somente ela mudará a realidade que temos hoje dentro das salas de aula. A tecnologia não substitui o professor, mas potencializa o seu trabalho e, neste sentido, um dos objetivos do Ensino Médio Integrado está em desenvolver um currículo simultâneo onde conhecimentos do ensino médio e técnico estejam integrados e comprometidos com as tecnologias atuais.

Para isso, é necessário entender a Tecnologia para a Educação a partir de uma visão sistemática de elaborar, implementar e avaliar a facilitação do processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, é importante destacar que não é a Educação que sofre um tratamento tecnológico, mas a tecnologia que sofre um tratamento educacional, bem como o foco ao utilizarmos a TE não é na tecnologia em si, mas na docência.

Não se trata de mecanização, mas de humanização, respeitando os diversos estilos de aprendizagem e, nesta concepção, o docente é o centro do processo de mudança e implementação do uso das TE dentro da sala de aula.

Desde 2011, utilizando a ferramenta tecnológica tablet, o TECPUC Integrado tem explorado o uso das TE utilizando aplicativos, objetos educacionais e, agora, a metodologia flipped learning, com os professores pesquisando e buscando em suas disciplinas processos de aprendizagem invertida. As experiências desenvolvidas em sala de aula são divididas em apresentações para todos os docentes onde a aprendizagem coletiva é o objetivo principal. Sucessos e fracassos são compartilhados e ajudam no andamento e no amadurecimento do projeto do uso das TE para a educação.

O trajeto percorrido ao longo destes anos com a utilização das TE mostra que as instituições de ensino não podem mais ter um currículo fechado e cansativo. É urgente e necessária a implantação de temas transversais que agrupem disciplinas contextualizadas e aplicadas ao uso das Tecnologias Educacionais para, assim, aprimorar as práticas pedagógicas do corpo docente ao mesmo tempo em que possibilitam um real significado para os alunos em relação aos conteúdos abordados dentro e fora da sala de aula.

*Artigo escrito por Élcio Miguel Prus. Bacharel e Mestre na área de Informática e coordenador geral do Ensino Médio Integrado do TECPUC, centro de educação profissional do Grupo Marista. A PUCPR integra o Grupo Marista, colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia. 

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