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Foto: Joel Saget / AFP

Foto: Joel Saget / AFP

Henry Milléo


 

Ontem, 30 de agosto de 2016, o fotógrafo que disse que “fotografar é saborear a vida intensamente, cada centésimo de segundo”, que foi mimetizado por milhares de outros, que registrou cenas icônicas que entraram para a história da humanidade, deixou esse plano de existência. Marc Riboud, nascido em 24 de junho de 1923, morreu aos 93 anos. Era francês, mas falava a língua universal da imagem.

De minha parte é só o meu fotógrafo favorito. Dono de uma fotografia singela, se preocupava mais com o primeiro plano do que com o horizonte torto ao fundo. O que importava era o que estava ali na frente, a alguns palmos de distância da câmera.

Em entrevistas sempre pregava a economia no fotografar. Dizia não entender o processo moderno de disparar a câmera em sequência rápida de dezenas de frames por segundo para só depois escolher a melhor foto. E dizia isso simplesmente porque podia dizer.

Foi o cara que com um rolo de filme cortado com apenas uma dúzia de fotogramas fez a famosa foto do pintor da Torre Eiffel. E em uma sequência de cinco fotos, congelou para a eternidade a imagem de uma jovem com uma flor diante de fuzis da guarda nacional em Washington, nos protestos contra a guerra do Vietnam.

Rodou o mundo fotografando para a Agência Magnum, da qual foi presidente por um período e fotografou até quase o fim de sua vida, até onde suas forças permitiram.

Na fotografia é meu herói mais pungente…

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