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1 mês com o Galaxy S8 (parte I)
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Antes de detalhar minha experiência com o Galaxy S8, preciso explicar que foi um mês complicado em minha vida, com muitas idas a hospitais e clínicas, e isso impactou na resenha. Primeiro: usei muito mais o 4G que o wifi, o que refletiu negativamente no consumo da bateria. Segundo: em alguns dias, fiquei sem poder usar o aparelho por causa do novo padrão USB-C. Estou habituada a ter vários carregadores por aí — em casa, na bolsa e no carro. Então, nunca me preocupei muito em procurar carregador de celular antes de sair de casa. Mas obviamente, os carregadores que tenho são o do habitual padrão mini-USB. Assim, em várias ocasiões fiquei sem usar o carregador do carro, o power bank… a não ser que eu lembrasse de levar o bendito cabo comigo. Mas mudanças de padrão são sempre assim, geram algum transtorno no início. Usuários Apple sabem do que estou falando.

Jutificativas à parte, a experiência com o S8 foi maravilhosa. É um smartphone de construção primorosa, cuja combinação de metal e vidro não compromete a ergonomia graças ao arrojo das linhas, com bordas arredondadas, que dão conforto. O aparelho é mais estreito que o convencional, o que ajuda muito no manuseio com uma mão só:

Contudo, é um pouco escorregadio; dá um certo receio usá-lo sem proteção.

O fato de ficar sem bateria na metade do dia, quando pendurada no 4G, foi atenuado com o carregador rápido. Mas não é um carregador tão rápido quanto o das concorrentes, que me permitiam recuperar metade da carga em menos de meia hora. Isso, e mais a bateria de capacidade inadequada, de 3300 mAh, é um cuidado extra da Samsung depois dos incidentes com o Galaxy Note 7 ano passado.

Tendo sempre uma tomada por perto, não tive prejuízos em minha rotina de estudos e tratamento médico. Mesmo assim, eu preferiria que a bateria fosse melhor, ainda que sacrificasse a beleza do aparelho. É outra coisa que fui obrigada a me conformar: no mercado atual de smartphones, ou você tem beleza e leveza ou você tem bateria.

Já que eu estava com beleza e leveza, o jeito era usufruir. Nem precisei falar muito do aparelho com amigos e familiares — onde eu chegava com ele em mãos, chamava a atenção. Todos pediam para pegar e olhar. Sua tela arrancou elogios.

Sobre a tela — grande chamariz do dispositivo e alvo principal das peças de marketing — precisamos quebrar o “paradigma das polegadas”, graças ao aproveitamento quase total da parte frontal, incluindo as bordas arredondadas, que a Samsung batizou de tela infinita. São 5,8 polegadas num corpo pequeno e mais estreito — de modo que não se pode compará-lo com outros aparelhos com base no número de polegadas. Aqui, gostaria de deixar uma dica à Samsung: que tal aproveitar a tecnologia da tela infinita para fazer aparelhos ainda menores? Há uma demanda imensa no mercado por aparelhos poderosos abaixo de, usando o referencial tradicional, 5 polegadas. Um S8 mini viria a calhar.

Na publicidade vemos fotos estonteantes para mostrar todo o potencial estético da tela, mas para termos um parâmetro mais realista do dia-a-dia, note como mesmo um singelo app de calendário “abraça” o aparelho:

Com relação ao SIM card, uma novidade surpreendente em se tratando de topo de linha da Samsung, exclsuiva da versão brasileira: agora ele pode ser usado com 2 chips! Contudo, você deverá optar: ou usa um chip nano mais cartão microSD ou 2 chips nano sem cartão microSD.

O S8 também teve uma mudança radical na proporção da tela, que é de 18:5:9. Na prática, isso significa que na horizontal é um “widescreen” ainda mais esticado. Evidentemente, os aplicativos precisam passar por adaptações para suportar a nova tela, e isso depende dos desenvolvedores. Entretanto, nos apps bem trabalhados, não há prejuízo visual ao se “espichá-lo” para que ocupe toda a tela. Sem isso, serão mostradas trajas pretas para manter a proporção original.

Outra novidade interessante: o scan de íris para desbloqueio da tela. Fácil de configurar, é eficiente no dia-a-dia, mesmo em locais com baixa iluminação. Só é um pouco esquisito ficar levantando o aparelho na altura do rosto.

O leitor de digitais é uma das ferramentas mais importantes das novas gerações de smartphones. Além de desbloqueio da tela, é usado para autnticação de apps, sobretudo financeiros. A cada dia, mais e mais apps passam a adotá-lo. No caso da Samsung, há uma integração mais que bem vinda: os logins em sites no navegador nativo “Internet” pela digital. Uso muito no meu Note5 e estranho bastante quando estou em outros aparelhos e nevagadores, pois nenhuma outra fabricante, nem o Google, implementou isso ainda. Diante de tamanha importância, lamento muito a péssima localização do leitor, na traseira ao lado da câmera. Pessoalmente, prefiro leitores de digitais traseiros, mas em posição adequada, em que o dedo indicador naturalmente os alcança segurando o aparelho como de praxe. Funcionou muito bem quando testei aparelhos da Quantum e da Asus, de forma que os leitores dianteiros passaram a soar bem contraproducente. Pior: invariavelmente, você escorregará o dedo para a lente da câmera, sujando-a!

Note na imagem abaixo: segurando-o da forma mais espontânea possível, falta um tanto para o indicador alcançar o leitor de digitais.

Na continuação desta resenha, que publicarei na próxima segunda-feira, falarei um pouco mais sobre desempenho, câmera, bluetooth, áudio e software. Até lá!

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