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Mudanças nas minhas resenhas de aparelhos
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Como fã de tecnologia móvel, comecei a resenhar aparelhos e acessórios por volta de 2001, quando passei a participar de listas de discussão de Palms. Era meramente troca de informações entre amigos. Não havia redes sociais e blogs estavam despontando — comecei o meu em 2002, justamente para compartilhar o que aprendia com pessoas comuns como eu: uma dentista, e não uma ninja em TI.

Com o tempo fui aprendendo as nuances do mundo tecnológico e da informática e tornei-me uma geek. O blog bombou e a tecnologia móvel virou minha segunda profissão. Contudo, sempre tinha dúvidas sobre a melhor abordagem na hora de escrever resenhas dos aparelhos que recebia e solicitava. Pareceu-me sempre mais fácil escrever para fãs de tecnologia do que para pessoas comuns. Com o tempo, passei a fazer 3 ou 4 revisões nos meus textos e apagar um monte de coisas desnecessárias. O impulso era sempre de adicionar mais e mais coisas. Ninguém ia ler tudo aquilo, exceto os tecnotarados!

Com os problemas de saúde recentes, fiquei quase um ano sem postar resenhas no blog mas continuei testando aparelhos e indo a alguns lançamentos. Compartilhava nas redes sociais, como sempre. Só que, pela primeira vez em muito tempo, estava convivendo mais com enfermeiras, médicos, secretárias e prestadores de serviços gerais do que com geeks. Quando descobriam o que eu fazia, vinham sempre pedir dicas de aparelhos ou comentar os problemas que tinham com seus smartphones. Eu já sabia disso: as pessoas comuns possuem anseios e necessidades bem diferentes dos “iniciados” em tecnologia. Mas manter mais conversas com esse pessoal fez com que eu passasse a tomar notas a respeito do que eu deveria PARAR de fazer em futuros reviews. Concluí que há informações que mais confundem que ajudam.

Ouvi muita coisa do tipo “não faço ideia do quanto é 16GB de armazenamento, achei que era coisa pra caramba”, ou “comprei esse celular porque li que a câmera era boa mas não consigo usá-la”, ou “como tiro esse negócio da tela principal” ou “6 polegadas é muito?”, ou “comprei um celular, o chip não cabia dentro e mandei devolver”, ou “por que não consigo mandar música para outras pessoas, no meu antigo podia”, ou “meu celular lotou, apaguei coisas, lotou de novo e agora não posso apagar mais nada”, ou “não acho capinha para esse meu celular em lugar nenhum, por que?”… e muito, muito mais.

Há resenhas maravilhosas, super completas, em sites de tecnologia. Gosto muito de lê-las também, principalmente quando sai algo que ainda não foi lançado no Brasil. Mas as pessoas sentem falta de abordagens diferentes. Por isso decidi mudar meu ponto de vista na hora de escrever resenhas. Já vinha passando por isso de forma gradual, mas agora tenho minhas próprias regras. Meus mandamentos agora são:

– Informações técnicas não deixarão de ser abordadas, mas ficarão em segundo plano.
– Não postarei resenhas de aparelhos que eu não teste por pelo menos 1 mês. Minha meta é fazer reviews de 1, 3 e até 6 meses ou mais, caso a empresa ceda o aparelho em definitivo — farei isso com o Quantum Fly e o Zenfone 3 Zoom, aguardem. Geeks acham que aparelhos após 1 ano de lançamento são velhos, mas o mercado não pensa assim. O que as pessoas mais me preguntavam por aí é se valeria comprar a pena aparelhos que já estavam até 2 gerações atrás da atual!
– Com prazo maior de testes, investirei nos “testes de mãe” (que servem também para marido, pai, sogra etc.)
– Resenhas de longo prazo mostrarão defeitos e ou mesmo acidentes na carcaça. Aguardem por fotos menos glamurosas e mais realistas…
– Continuarei testando topos de linha, mas intermediários e até de entrada receberão igual atenção.
– Leitores poderão participar do blog mandando mini-resenhas caso possuam aparelhos há pelo menos 6 meses. Eu as postarei junto com meus próprios comentários.

Gostaria, antes de tudo, que vocês deixassem neste post comentários sobre esse assunto: o que vocês gostariam de ver nas resenhas de aparelhos?

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