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Resoluções de ano novo funcionam? Mudei minha abordagem
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Bem-vindos ao primeiro post de 2018! Começo hoje com uma série de 3 artigos sobre planejamento, que deverá ajudá-los a definir como será seu novo ano. Ao longo do mês, publicarei vários outros posts sobre produtividade, para que o ano de vocês seja tecnologicamente bem organizado.

Como minha casa está em reforma, estou mudando algumas coisas em meu método de organização pessoal e no novo home-office. Compartilharei em breve com vocês algumas coisas que funcionaram nos últimos anos (e que mantive no novo layout) e outras que modifiquei.

Esta é a época em que nos dedicamos a fazer as famigeradas resoluções de ano novo. É natural que façamos planos ao final de qualquer ciclo, não apenas nas viradas de ano. Entram aí os finais de períodos acadêmicos, férias, inícios ou términos de relacionamentos etc. Mas é bem provável que esqueceremos das resoluções antes mesmo do fim de janeiro…

Por que nos autossabotamos? A resposta é, segundo pesquisas, porque não confiamos em nós mesmos. Queremos perder peso, nos exercitar ou parar de fumar; mas não nos achamos capazes de manter uma rotina estrita. Queremos mudar de emprego ou alavancar a carreira, mas nos acomodamos no piloto automático por medo de arriscar. Queremos nos dedicar mais à família e à vida pessoal, mas deixamos as atribulações diárias consumir quase todo nosso tempo. E nos damos a desculpa de não ter tempo para mudar isso!

A melhor maneira de driblar esse sentimento ruim é trabalhar a autoconfiança e gerar algum tipo de suporte físico para não esquecer das metas. É aqui que a tecnologia móvel pode ajudar. Gosto de usar o Evernote para isso, mas você pode usar qualquer outro de aplicativo usado com frequência para monitorar suas atividades e aspirações.

Depois, crie um atalho para suas metas na tela principal de seu smartphone. E por fim, desenhe ou imprima um mapa mental e fixe-o em algum local bem visível, para que todos os dias você seja obrigado a se lembrar do que está correndo atrás.

Além de nos manter no prumo, essas medidas geram um certo nível de assertividade. Tendemos a nos ocupar com tarefas ou compromissos sem importância, mas com as metas “fisicamente” por perto nos comprometemos a ser mais fortes para dizer “não” e recobrar o foco.

Embora sempre tenha me saído relativamente bem com esse meu método, desde 2010 tenho tido imensas difuculdades de atingir minhas metas profissionais por causa do diagnóstico de artrite psoriásica. Contudo, foi bastante útil no processo de recuperação. Sempre criei listas com submetas, no estilo “um passo de cada vez” para alcançar a meta de derrotar da minha doença. Quando a meta era voltar a andar, a lista tinha uns 20 itens: começou com a fisioterapia na cama, com elásticos, e terminou com a corrida de 5 km em minha primeira prova de rua. Depois segui a mesma ideia quando a meta era mudar a alimentação, atingir certos níveis nos marcadores sanguíneos e manter o comprometimento com o tratamento médico. Para 2018, foi necessário um imenso e doloroso processo de autoanálise para compreender as causas do rebote de 2017 (o pior até então) — assumi que o trauma que carrego por conta de alguns episódios de violência urbana demandará psicoterapia.

Já na vida profissional meu método naufragou, justamente por causa das recidivas da doença. É extremamente frustrante começar projetos, comprometer-se, e de um dia para outro largar tudo e lutar pela saúde outra vez em um leito de hospital. Não pude retomar a odontologia como queria; não pude assumir projetos de consultoria e cursos; não pude escrever os livros cujos esboços existem desde 2009.

Em 2017, não bastasse a recidiva da doença, houve o incêndio em minha casa. Assim, mudei minha abordagem. Agora, traço minhas metas definindo “plano A” e “plano B”. Foi assim que consegui trabalhar e estudar ano passado, mesmo extremamente doente e psicologicamente fragilizada pelas perdas materiais. Decidi compartilhar minha experiência neste post porque percebo que muita gente, ao ter seus planos frustrados, se entrega à derrota e à depressão. Há alguns anos, em especial, isso se tornou mais comum devido à crise econômica e aos altos índices de desemprego. Muitos amigos e conhecidos passaram ou ainda passam por problemas assim.

Para minha lista de metas de 2018 no Evernote, colocarei o plano principal e, junto, planos B ou C dependendo da intercorrência:

E se eu precisar voltar a tomar aquele medicamento que me faz dormir 14 horas por dia, que tipo de atividade poderei realizar?
E se eu perder os movimentos e não conseguir andar outra vez, que tipo de atividade?
E se eu for vítima de novo episódio de violência urbana, como quero reagir? 

Como inspiração, recomendo que vocês ouçam a coluna “Partiu Plano B”, na rádio CBN Curitiba, comandada pela jornalista Vanessa Brollo. Se a vida decidir atrapalhar seus planos para 2018, saiba que muitas vezes o plano B pode se tornar uma via muito mais vitoriosa que o plano original!

Assim que eu terminar de definir minhas metas, no próximo fim de semana, compartilharei com vocês como as fiz, de um modo bem prático. E mostrarei como pretendo fazer os acompanhamentos e planejamentos mensais, e com quais aplicativos.

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