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De quanto em quanto tempo você troca de smartphone?
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Depois de anos de relativa estagnação, o tempo médio de uso um smartphone tem mudado. Os consumidores vinham, até então, trocando seus aparelhos em média de 13/13 meses. No Brasil, a média era um pouco maior, de 18/18 meses. Mas as pessoas tem preferido ficar mais tempo. Nos EUA, a média tem sido de 2 em 2 anos, mas isso se explica pela cultura dos contratos com operadoras. O que chama a atenção mesmo é que, segundo pesquisas, desde 2015 vem aumentado muito o número de norte-americanos mais propensos a trocar de aparelho apenas quando enguiça ou fica completamente obsoleto, ao invés de aguardar o fim do contrato: mais da metade dos usuários. É curioso, também, como o índice varia conforme a plataforma: em 2015, 47% dos usuários de iPhone dizem trocar de aparelho somente nesses casos extremos, diante de 58% do Android. Especula-se que estes índices estejam ligados à posição sócio-econômica das famílias, já que os Androids de custo mais baixo estão mais presentes em lares com renda anual menor.

No Brasil as pessoas também tem preferido ficar com seus dispositivos por mais tempo, mas o cenário é completamente diferente: os aparelhos estão cada vez mais caros em um país onde sempre foram caros. Além disso, por aqui quem reina são os Androids de entrada e intermediários em planos pré-pagos, ou seja, sem qualquer vínculo com operadoras.

Segundo outra pesquisa realizada ano passado, em 15 dos 20 países analisados, mais da metade dos usuários possuía smartphones lançados em 2015. No Brasil, há quase um empate entre aparelhos de 2014 e 2015: juntos, eles somam pouco mais da metade da base total de aparelhos ativos. Aparelhos de 2013 ainda somavam expressivos 16,5%!

Saindo dos números e entrando na observação pessoal, percebo que meus amigos fãs de tecnologia não se encantam mais tanto com o ritmo dos últimos lançamentos no segmento premium. Alguns deles sequer usam topos de linha, preferindo intermediários robustos. Outra mudança observada é optar por topos de linha de uma ou duas gerações anteriores na hora da troca, ou na hora da perda, já que é razoável o número de amigos que perderam seus topos de linha em roubos e assaltos, passando a investir em dispositivos não mais tão caros. Mesmo entre os fãs mais ávidos de iPhone, não vejo mais aquela pressa na troca por lançamentos, muito menos passar por filas — outrora um hábito tão cultuado.

Já que o assunto é envelhecimento dos smartphones, ouça o Guia Prático #148 comigo, Rodrigo Ghedin e Joel Nascimento Jr. Neste podcast, além de debatermos o processo de envelhecimento dos nossos smartphones, discutimos a relativa falta de novidades em termos de recursos e a longevidade das diferentes plataformas: se antes todo smartphone ficava lento com alguns meses de uso, hoje não é mais muito o caso.

Meu aparelho principal de trabalho hoje é um Galaxy Note 8, como vocês sabem. Fiquei quase 2 anos com o anterior, um Galaxy Note 5. Sou grande fã da linha Note, mas a falta de um cartão de memória que me limitava aos 32 GB internos foi o grande motivador da troca. E vocês, o que motivou sua última troca de smartphone?

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