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2 meses usando o DeX no lugar do desktop
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Com a vida bagunçada por causa de incêndio e reforma da casa, virei uma ermitã digital por vários meses. Fiquei todo esse tempo sem desktop. Assim que o monitor novo chegou, recebi o DeX, que já estava ansiosa para testar desde o lançamento.

Imaginem minhas expectativas: meses sem computador, sem tela grande. De repente eu estava com um monitor, mouse, teclado e o DeX, um acessório que prometia transformaria meu Galaxy Note 8 em um desktop!

Adianto que adorei a experiência e o DeX é uma invenção fantástica. Mas houve alguns probleminhas, que nem posso dizer que sejam culpa do dispositivo.

O uso é muito simples: basta encaixar o smartphone (S8, S9, S8+, S9+ ou Galaxy Note 8) ao DeX, que funciona como um berço e faz a conexão com seus periféricos — monitor, teclado e mouse. Mas não só isso: ele tem um software interno que “ajeita” o Android do smartphone para que fique legal em um monitor convencional. Os ícones de tela e de aplicativos continuam todos lá, mas agora alinhados em uma barra de ferramentas e uma área de trabalho.

Mas continua sendo seu smartphone! Lá estão seus aplicativos, do jeitinho que estavam assim que você o encaixou do DeX.

É nesse momento que o Dex mostra suas limtações…

Como na prática você está usando seu smartphone, as telas dos aplicativos continuam sendo as telas adaptadas para smartphones, e não o ecossistema do DeX. Os menus são de aplicativos pensados para telas touch, e não para mouse. E se você gosta de usar os apps em modo noturno (quanto a tela fica escura ou preta), é preciso colocá-los no modo normal outra vez pois no monitor a visualização fica prejudicada.

No entanto, em termos de desempenho, tudo continua funcionando super bem: afinal, é o processador, a memória e o armazenamento do seu smartphone que estão em uso, transformados em uma CPU. Por isso mesmo o DeX só é compatível com os topos de linha da Samsung.

Recentemente, uma segunda geração do DeX foi lançada: agora ele fica deitado, pois possui um touchpad para usar os dedos no lugar do mouse. À primeira vista parece prático, já que ele também pode dispensar o teclado, fazendo com que um teclado virtual surja no monitor e a digitação seja feita no touchpad. Achei interessante a ideia, mas é uma quebra de paradigma enorme, pois no primeiro uso estranhei bastante. Creio que seja questão de hábito.

Para quem eu indico o DeX? Essencialmente, para quem usa muito o smartphone e pouco o computador convencional. É para aquelas situações em que você deseja usar um editor de textos para escrever um trabalho, ou usar a web por tempos mais prolongados com o objetivo de estudar ou trabalhar — nessas horas, um teclado e um mouse vem muito a calhar. Indico ainda para estudantes ou pessoas de idade que não querem investir em um computador, por usá-lo pouco ou apenas para tarefas bem simples. E por fim, recomendo para pessoas que frequentam espaços de coworking e não gostariam de andar por aí com um laptop ou tablet, nem de investir nesses aparelhos — afinal, o DeX custa cerca de R$ 600.

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