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Crédito: Henry Milleo/Gazeta do Povo
Crédito: Henry Milleo/Gazeta do Povo| Foto:

Os fundadores do WhatsApp nunca usaram seu produto para faturar além dos 99 centavos de dólar pagos pelo usuário anualmente. Isso foi bem no começo, pois pouco tempo depois ele se tornou gratuito. Mas fizeram um excelente negócio quando o venderam ao Facebook pela obscena quantia de U$ 19 bilhões, em 2014. Mesmo após a venda, os idealizadores Jan Koum e Brian Acton não deixaram o aplicativo, já que continuaram na equipe de desenvolvimento agora sob o comando da empresa de Mark Zuickerberg. Acton se despediu do time ano passado para inciar uma fundação. Agora é a vez de Koum sair, não sem antes deixar um rastro de polêmica.

Após post comunicando a saída, o co-fundador do aplicativo alegou, segundo reportagem do Washington Post, que discorda da postura do Facebook de querer usar dados privados dos usuários e afrouxar a criptografia. Diante da acusação, Zuckerberg desconversou e a companhia não se pronunciou oficialmente.

É claro que o Facebook mexerá no WhatsApp, mais cedo ou mais tarde. O investimento foi muito alto e a receita gerada é mínima. É preciso buscar uma compensação, urgentemente. Difícil é definir como isso será feito, mas temos algmas pistas, já que a intenção é mexer nos dados pessoais e na criptografia.

O Facebook gera toneladas de dinheiro porque mexe com a vaidade e a necessidade das pessoas se afirmarem. É preciso se mostrar ao mundo dentro de uma atmosfera de felicidade, prosperidade, engajamento e demonstração de virtudes. O WhatsApp, por sua vez é o submundo. É onde as pessoas são quem realmente são, e por isso mesmo, trata-se de um capital muitíssimo mais valioso. Lá se conversa com a família e as pessoas que de fato importam. Lá estão as verdades: as conversas secretas, as fofocas, as negociatas escusas, os nudes, os grupos.

Vocês conseguem mensurar o tamanho do estrago que o Facebook pode causar entrando na intimidade da vida digital de todos nós? Aqui no Brasil, alguns loucos inclusive já propuseram projetos de regulação, para classificá-lo como “serviço essencial”… Se o grande público mal consegue identificar boatos e golpes virtuais, imaginem se conseguirá compreender o que significa o Estado e Mark Zuckerberg unidos nessa empreitada!

Fujam para as colinas!

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