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(Foto: Divulgação ICMBio)
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Em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, foi realizado na última quinta-feira (5), na sede da SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), o lançamento do apoio à Reserva Biológica Bom Jesus (ReBio), localizada entre os municípios de Antonina e Guaraqueçaba, no litoral do Paraná.

A reserva tem 35 mil hectares de Floresta Atlântica, foi criada em junho de 2012 pelo Governo Federal e está sob a responsabilidade do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A partir de uma ação integrada, a Unidade de Conservação (UC) terá suas atividades preliminares de manejo e conservação inicial reforçadas pela SPVS, Instituto Mater Natura e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

A ReBio Bom Jesus representa uma das últimas reservas com extensão significativa do Paraná e localiza-se dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) de Guaraqueçaba, entre outras duas unidades já mantidas pela SPVS há mais de dez anos: a Reserva Natural do Cachoeira e a Reserva Natural Serra do Itaqui. Somadas, compõem um grande corredor ecológico de mais de 50 mil hectares. De acordo com estudos, nesta região ocorrem espécies ameaçadas de extinção, como antas e onças pintadas.

Clóvis Borges, diretor executivo da SPVS, explica que o principal desafio para a gestão da ReBio Bom Jesus é garantir sua proteção nos próximos quatro anos, até que sejam formalizadas equipes e elaborados planos de manejo completos para manter a conservação do espaço. “Esta iniciativa representa um exemplo de integração e articulação institucional para fortalecer as UCs do Mosaico Lagamar”. Segundo a Lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), a denominação se refere a um “conjunto de Unidades de Conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, cuja gestão deve ser feita de maneira conjunta e integrada”.

Para Clóvis, a parceria entre as instituições envolvidas soma forças para intensificar o relacionamento com outros atores locais, como as prefeituras, destacando os benefícios das unidades para os municípios por meio da ICMS Ecológico, por exemplo. “A proposta tem uma ligação muito íntima com o conceito de Mosaico e demonstra organização e integração institucional. É um primeiro grande passo para fortalecer e unificar a gestão de unidades no litoral do Paraná”, explica. Segundo ele, ainda, o sucesso desses espaços é problema de todos. “É necessário incentivar o diálogo entre gestores de UCs para buscar mais colaboração, manter o relacionamento com instituições de pesquisa, comunidades locais, poder público e empresas privadas, visando potencializar ações de conservação”, indica.

Na porção paranaense do Mosaico Lagamar, algumas atividades vêm colocando a região sobre pressões constantes. A atividade portuária em expansão, dragagens dos canais de navegação, e instalações de outros grandes empreendimentos representam fatores de riscos extremamente sérios para toda a região costeira paranaense. Por outro lado, são recorrentes atividades de pesca predatória, exploração ilegal de palmito jussara, caça e tráfico de animais silvestres, bem como outras ações ainda mais impactantes, como a conversão do solo para agropecuária – plantação de arroz, palmáceas e criação de búfalos. 

Principais objetivos do apoio inicial à ReBio:

– Fortalecimento do Mosaico Lagamar por meio da colaboração entre os diferentes gestores de unidades de conservação que compõem o Mosaico na porção paranaense;

– Fiscalização preventiva, monitoramento e controle de atividades produtivas, em parceria com outras UCs e instituições atuantes na região;

– Suporte à captação de recursos e elaboração dos documentos de plano de manejo da Rebio Bom Jesus e APA de Guaraqueçaba;

– Construção de mapas temáticos como base para ações emergenciais, plano de manejo e regularização fundiária;

– As iniciativas permitem uma série de ações conjuntas que viabilizam o alcance de objetivos para os quais estas Unidades de Conservação foram criadas.

*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no Blog Giro Sustentável.

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