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A liderança tem um papel fundamental na identificação de competências da equipe, para que essa, da melhor maneira possível, possa trabalhar em sintonia com os propósitos colocados pela diretoria no planejamento estratégico. Hoje, a sustentabilidade ainda é considerada um diferencial competitivo, por mais que diversas organizações se intitulem como tal, mas não pratiquem o que realmente é necessário.

Por isso, a assimilação do colaborador de que o assunto é um diferencial competitivo para que os serviços da empresa alavanquem ainda é dificultoso. Claro que a sustentabilidade estando no DNA e no dia a dia da organização facilita nesta percepção, não somente do público interno, mas também dos atuais e potenciais clientes. A Perspectiva ISAE conversou com Luciano Castro, Consultor na área de Marketing Estratégico e aluno do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE, e abordou como a liderança pode identificar as competências centrais da equipe e transformar isso em uma alavanca na disseminação dos serviços junto a sustentabilidade.

1 – Qual é o papel do líder no momento de identificar as competências centrais da equipe?

O líder deve primeiro conhecer suas expertises, a fim de atrair talentos complementares na formação das competências da empresa, e do subsequente valor a ser entregue ao mercado. Ao alinhar um determinado conjunto de recursos empresariais e capacidades das pessoas, cada gestor decide como estas contribuirão para a geração de retornos positivos para a organização e para seus colaboradores, por meio da comercialização de produtos e serviços provindo destas competências.  Dois conhecidos autores da área, C.K. Prahalad e Gary Hamel, descrevem uma metáfora que demostra bem a importância do reconhecimento das competências essenciais empresariais. Segundo eles, “a corporação é como uma grande árvore”. O tronco e os principais membros são os principais produtos, os ramos mais pequenos são unidades de negócio; as folhas, flores e frutos são produtos finais. O sistema que fornece alimento, sustento e estabilidade é a competência central. Evidente que o processo de reconhecimento, em alguns casos, não é simples, sendo necessário competências adjacentes (ou serviço de terceiros) em relação ao reconhecimento de quais competências a empresa possui e que geram valor para o mercado.

2 – Quais são os passos para a identificação?

Considerando que as competências são de natureza individual, profissional e organizacional, três passos fundamentais devem ser levados em consideração no processo de identificação de competências:

Raridade: O recurso é atualmente controlado por apenas um pequeno número de competidores?

“Imitabilidade”: As organizações sem o recurso encontram uma desvantagem de custo em obtê-la ou desenvolvê-la?

Organização: As políticas e procedimentos da organização estão organizados para apoiar a utilização destes recursos que possuem valor, são raros e caros de se imitar?

Uma clara perspectiva estratégica por meio de ferramentas conhecidas como SWOT Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) – podem contribuir para identificação das competências empresariais, bem como um contínuo desenvolvimento do modelo de negócio, descrevendo a proposta de valor e as relações que levam a empresa a criar, entregar e capturar valor no mercado.

3 – Como o gestor/líder pode fazer com que os seus colaboradores assimilem que a sustentabilidade é um diferencial competitivo?

A melhor forma é demostrar o quanto determinada abordagem sustentável, incorporada na marca ou no produto, é percebida pelo consumidor como valor, gerando subsequentemente recursos financeiros para a empresa e para os que fazem parte dela. Assim, naturalmente, colaboradores compreendem que estão contribuindo de forma realmente sustentável, desmistificando a ideia de que sustentabilidade é custo, mais trabalho, ou mesmo filantropia. Trata-se da fonte de vantagem competitiva da empresa, e na medida que estes percebem tal abordagem, passam a contribuir naturalmente para a geração de valor empresarial e, é claro, sustentável.

4 – Como os líderes podem incorporar no DNA da empresa a sustentabilidade, tornando-a vendável aos clientes?

A primeira questão que a empresa deve desmistificar é a crença de que sempre o lucro é realizado a partir de perdas sociais. Empreendedores comerciais podem naturalmente produzir valor social no processo de ganhos privados e empreendedores sociais podem produzir ganhos privados no processo de criação de valor social. Empresas que possuem a competência de criar este valor híbrido, do social e financeiro ao mesmo tempo, conseguem entregar valor para o cliente, ambiente e sociedade de forma única e inseparável.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, publicado também na 34ª Edição da Revista Perspectiva. O ISAE/FGV é uma instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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