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A meta é melhorar a saúde das gestantes
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A mortalidade materna representa um indicador do status da mulher, seu acesso à assistência à saúde e a adequação do sistema de assistência à saúde em responder às suas necessidades. É necessário, portanto, ter informação sobre níveis e tendências da mortalidade materna, não somente pelo que ela diz sobre os riscos na gravidez e no parto, mas também pelo que significa sobre a saúde, em geral, da mulher e, por extensão, seu status social e econômico. (OMS/UNICEF)


Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna é o Objetivo do Milênio que representa o maior desafio tanto nacional como estadual. Com uma taxa de 53,4 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos, o Brasil possui mais que o dobro da mortalidade de países desenvolvidos. No Paraná, dados do Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (ORBIS) indicam que, de 2000 para 2008, houve uma melhoria de 54,6% nestes índices – mas o número de 47,7 mortes para cada grupo de 100 mil nascidos vivos ainda está longe da meta, que é de 26 óbitos.

O óbito materno é aquele decorrente de complicações na gestação, geradas pelo aborto, parto ou puerpério (nome dado à fase pós-parto, em torno de 42 dias depois, durante a qual a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas em que tende a voltar ao estado que a caracterizava antes da gravidez) e várias são suas causas. No Paraná, as principais são as doenças hipertensivas específicas da gravidez, além de hemorragias, infecção no parto, embolias obstétricas, aborto e complicações anestésicas durante o parto.

Não por acaso, o ODM nº 5 vislumbra “Melhorar a Saúde das Gestantes”.

De acordo com o Relatório Nacional de Acompanhamento do IPEA (2007), o adequado acompanhamento pré-natal permite identificar em tempo hábil as situações de risco para a mãe e para o feto. As normas técnicas de Atenção Humanizada ao Pré-Natal e Puerpério, elaboradas pelo Governo Federal e distribuídas aos serviços do SUS, recomendam que sejam feitas no mínimo seis consultas de pré-natal a partir do primeiro trimestre da gravidez.

Em relação ao parto, o país continua sendo um dos que registra a maior taxa de cesarianas: houve um aumento de 38,6% em 2002 para 43,3% em 2005, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). A cesariana expõe as mulheres a mais riscos de lesões acidentais, reações à anestesia, infecções e morte. Por isso, a recomendação da organização Mundial da Saúde (OMS) é que a proporção de cesáreas corresponda a não mais do que 15% do total e o procedimento seja realizado apenas quando há risco tanto para a mãe quanto para o bebê.

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