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Uma pesquisa recentemente divulgada por Empresários do Setor Industrial do Paraná constatou que apenas 5,37% do treinamento da força de trabalho da Indústria no estado é proporcionada por Universidades. Isso quer dizer que a Universidade deixa de cumprir seu papel em relação ao giro constante e contínuo da Tríplice Hélice de Desenvolvimento, modelo que é fruto das intensas avaliações e estudos desenvolvidos para a implantação da Lei Estadual de Inovação do Paraná e que considera a relação de aproximação entre Empresas (em particular as Indústrias), o Governo e as Universidades na geração de Conhecimento Científico e Tecnológico centrado na Inovação para o desenvolvimento e o progresso.

De acordo com o modelo, o Governo deve dar o suporte (político ou financeiro) para a realização de projetos que permitam aproximação efetiva entre as Empresas e as Universidades, uma vez que as Empresas têm conhecimento de mercado e demanda de novas criações e as Universidades desenvolvem conhecimento teórico. Além disso, o modelo considera que nas Academias não existe pressão por apresentação de resultados positivos ou por garantir valor agregado, enquanto que nas Empresas qualquer falha no desenvolvimento de um produto significa prejuízo, perda de competitividade e obsolescência.

A Universidade, porém, deveria se preocupar mais em proporcionar a geração de conhecimento útil e necessário para promover a melhoria de vida das pessoas e para produzir desenvolvimento e progresso das nações. Outras de suas funções até poderiam ser relegadas, em dada medida, a um segundo plano; mas jamais poderia subverter sua obrigação com a realidade.

Na contramão dos exemplos de sucesso mundiais, há nas universidades brasileiras uma certa insistência em se repetir velhos erros, com uma tendência a se manterem reclusas nos “castelos das ciências”. Não realizam Extensão de forma intensa, não conversam com o mundo real, não reconhecem a Indústria ou o Comércio como parceiros para gerar conhecimento, esquecem sua contrapartida com a sociedade.

Como se em uma ilha vivesse, o mundo acadêmico conta suas próprias histórias tendo por pano de fundo as sempre seguras bases das Ciências. Não sustentável sob o ponto de vista da agregação de valor à sua produção, a Universidade nem sempre consegue conversar com o dinamismo e rapidez das Tecnologias que, em desenvolvimento contínuo, transformam diariamente o mundo.

É urgente entender que uma Indústria forte garantirá uma nação soberana. A manutenção de velhas práticas políticas (em nada inovadoras ou sem promover a simbiose com a sustentabilidade) obriga o Brasil a se manter subdesenvolvido em diversos setores. Não há progresso e desenvolvimento sem PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), sem aproximação entre Indústria e Academia, sem relações estreitas entre Ciência e Tecnologia. Em tais relações consiste a sustentabilidade da Universidade.

PDI, Tríplice Hélice do Desenvolvimento, relações intensas entre Universidade e Indústria, conhecimento gerado em simbiose entre Ciência e Tecnologia, Pesquisa Aplicada para gerar o necessário desenvolvimento de produtos, serviços ou processos (que possam ser patenteados) são, inevitavelmente, caminhos a serem seguidos para garantir Sustentabilidade. Basta olhar para as grandes potências mundiais desenvolvidas.

*Artigo escrito por Carlos Magno Corrêa Dias, professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e coordenador do Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE)O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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