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Durante a realização da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2015, ocorrida na sede da ONU, em Nova York, no período de 25 a 27 de setembro de 2015, foi oficialmente adotada a nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015 a qual passou a ser denominada de Agenda 2030.

A Agenda 2030 constitui conjunto de ações, programas e diretrizes que orientarão os necessários trabalhos em direção ao Desenvolvimento Sustentável do nosso Planeta com vistas a materializarmos o futuro que todos almejamos. Para tanto foram definidos, em consenso pelos Delegados dos Estados-Membros da ONU, um total de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e correspondentes 169 metas.

Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos constitui, em particular, o ODS 7 o qual estabelece que até 2030 deveremos conseguir: (a) o aumento substancial da participação de energias renováveis na matriz energética global; (b) dobrar a taxa mundial de melhoria da eficiência energética; (c) reforçar a cooperação internacional no campo das pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias de energia limpa, energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas; (d) garantir o acesso pleno e a preços acessíveis a serviços de energia para todos; (e) promover investimentos em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa; bem como, (f) expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de inovadores e sustentáveis serviços de energia nos países em desenvolvimento.

No mundo atual, porém, a despeito do desenvolvimento que presenciamos, cerca de 1,3 bilhão de pessoas (uma em cada cinco) não têm acesso à eletricidade moderna; mais de 3 bilhões de pessoas dependem de madeira, carvão vegetal ou dejetos animais para cozinhar e se aquecer; aproximadamente 15% do conjunto global de energia utilizada no planeta corresponde à energia de fontes renováveis a qual é uma energia inexaurível e limpa; sem levar em conta que 60% das emissões globais totais de gases do efeito estufa é proporcionado pelo uso da energia. Com base nestes poucos exemplos, já é possível dizer que vivemos em um mundo no qual a sustentabilidade não conversa de perto com a produção de energia no mundo. É urgente, portanto, trabalharmos globalmente para atingirmos o ODS 7.

De outro lado, mas, também, intrinsecamente relacionada, é premente colocarmos em imediata discussão a necessidade de se investir em fontes alternativas de energia em conjunto com a avaliação de possíveis soluções para as dificuldades enfrentadas no campo da energia de forma a promover a redução de custos e a obtenção de novas tecnologias que permitam, em particular, a Eficiência Energética em nossa Nação e no Mundo.

No sentido precedentemente aventado precisamos chamar a atenção, em particular, para o fato de existir um atraso no Brasil, em relação a outros países e inclusive do Paraná em relação a outros estados de nossa Federação, quanto aos temas relacionados à eficiência energética das nossas plantas industriais e demais edificações.

Na atual sociedade nossas atividades exigem cada vez mais a utilização de distintas formas de energia. Todavia, a utilização das formas de energia existentes envolve, necessariamente, transformações que levam à perda de parte destas energias gerando, inevitavelmente, desperdícios e elevados custos. Assim, estudos sobre a Eficiência Energética são solicitados constantemente. Uma lâmpada, por exemplo, transforma a eletricidade em luz e calor. Se o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua Eficiência Energética é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada. Com base no parâmetro inicial estabelecido é possível, então, realizar estudos e pesquisas que objetivem a otimizar a correspondente energia para “fazer mais com menos”.

Não havendo, entretanto, estudos sobre a Eficiência Energética, os desperdícios de energia vão se multiplicando à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia. A ampliação da Eficiência Energética pretendida pode tanto estar voltada para a redução nos custos quanto para a diminuição no consumo de energia. De outro lado, há de se ponderar, ainda, que a economia de energia, em um mundo em constante evolução, passa a constituir prerrogativa de gestão competente e assume um significativo diferencial tanto no mundo da competitividade quanto no campo da sustentabilidade.

Diante das complexidades e dificuldades do quadro atual relacionado à produção de energia, os correspondentes gastos, bem como os desperdícios somos solicitados a desenvolver parcerias com os distintos setores da sociedade para identificarmos soluções para a redução de custos e para a obtenção de novas tecnologias que visem a Eficiência Energética tanto no setor industrial (principalmente) quanto no desenvolvimento diário de nossas vidas. Unamos, então, nossas forças e conhecimentos para atingirmos brevemente o ODS 7 e para garantirmos a sustentabilidade no campo energético de forma global.

*Artigo escrito por Carlos Magno Corrêa Dias, professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e coordenador do Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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