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Esporte, educação e voluntariado: uma receita para o sucesso da inclusão social
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Há anos, o esporte vem transformando a vida das pessoas. Desde crianças até idosos, dia após dia vemos exemplos de superação, conquista, transformação social por meio de medalhistas, atletas, pessoas comuns que pelo histórico familiar e socioeconômico não tinham perspectiva alguma de sucesso.

Nas reportagens é comum ver relatos como “O esporte me ensinou a ter disciplina”; “Não desisti dos meus sonhos, mesmo que eu precisasse recomeçar a cada treino”; “Aprendi a respeitar os meus mestres, pais e autoridades, por meio do esporte”; “Hoje tenho mais responsabilidade com o que é colocado em minhas mãos”; “Ser vencedor é muitas vezes perder ou abrir mão de várias coisas”; “Caí para aprender que a honra está no levantar”; “O meu adversário não é necessariamente meu inimigo”; “O meu legado é regado de treinos, vitórias e derrotas” ou “Ser campeão não é, necessariamente, vencer todas as vezes o meu adversário e, sim, a mim mesmo”. Histórias que emocionam, motivam e nos fazem repensar. Só quem pratica algum esporte sabe o que ele proporciona.

Esporte e educação estão interligados por trazerem benefícios imediatos e a longo prazo. Dentre tantos, vamos enfatizar sobre uma modalidade que, recentemente, se tornou olímpica e estreará em Tóquio, Japão, em 2020. Após 70 anos de existência, criado a partir da junção de outros dois esportes – surf e patins – o Skate passou por grandes transformações, e ainda continua fortemente ligado à cultura urbana.

Antes visto somente nas ruas e praças, hoje é praticado e ensinado em clubes, escolas, instituições sociais e igrejas. Proibido na década de 80, agora o skate é visto como uma ferramenta de abordagem pedagógica, que contribui para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional de pessoas de todas as idades. De uma forma divertida, ajuda crianças com déficit de atenção, pois a prancha com rodas aumenta a concentração por meio do equilíbrio. Noções de espaço e tempo são estimuladas a cada remada, e isso repercute diretamente na alfabetização e escrita. Um corpo suado e cansado após um “rolê” de skate ajuda na liberação de hormônios como a dopamina (motivação) e serotonina (prazer em fazer), essenciais para um boa noite de sono. Esse descanso satisfatório proporcionado após os exercícios ajuda na fixação de tudo que foi aprendido na teoria ou na prática, durante o dia. Sem falar que torna as pessoas mais ousadas, corajosas, otimistas, sonhadoras com autoestima elevada.

Os treinos ainda tornam as pessoas mais disciplinadas e focadas, afastando muitas vezes da drogadição, crime, dentre outros problemas sociais. O esporte não envolve somente os praticantes, mas também os que estão ao redor, já que um sonho nunca é vivido sozinho. No caso de crianças, familiares torcem, vibram, se alegram e até choram juntos. Enfim, o esporte, a educação e o voluntariado são ingredientes essenciais para uma sociedade mais saudável, educada e humanizada.

E é por isso que, como voluntário da CIAF – Central Integrada de Apoio Familiar, em Curitiba, estou dando oficinas de skate para crianças de 06 a 12 anos, participantes do Projeto Melhor Escolha. Quer conhecer nosso trabalho? Então participe do Festival de Skate para toda a comunidade, que será realizado no dia 21 de abril, na CIAF.

 

*Artigo escrito por Anderson Alves Brignol, licenciado em Educação Física (Anhanguera), pós-graduado em Psicomotrocidade Relacional e Bacharelando em Teologia. Anderson é voluntário da CIAF – Central Integrada de Apoio Familiar, instituição parceira do blog Giro Sustentável. 

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