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Quando se pensa em inovação, seja de produto, seja de processo, de mercado ou de novos modelos de negócio, pensa-se em uma criação que traga vantagem competitiva para as organizações e impacto aos negócios. Essa ideia está intimamente ligada à sustentabilidade, que, em última análise, busca a otimização de recursos e processos para que haja impacto socioambiental positivo, por meio do equilíbrio entre os ecossistemas da sociedade e da natureza.

O instituto de pesquisa da Radboud University, na Holanda, destaca que inovação sustentável envolve construir ideias, conceitos, práticas e produtos que contribuem para o equilíbrio entre o ambiente ecológico e a coesão econômica e social de uma organização. Como exemplo de inovação sustentável, apresenta-se o produto Triogen, um dispositivo que transforma resíduo orgânico em calor e em eletricidade, para serem utilizados nos processos produtivos das indústrias.

A inovação sustentável não deve ser considerada um fim em si mesma,mas a razão de ser de todo o processo de mudança. A inovação objetiva traz vantagem competitiva para a organização, e a sustentabilidade é um resultado desse processo inovador. “Os maiores inovadores, como IBM, 3M e DuPont de Nemours, dizem que veem a sustentabilidade empurrando para frente a estratégia principal do negócio, e que o contrário realmente não é mais o melhor caminho a trilhar”, explicam os pesquisadores AileenIonescu-Somers e Francisco Szekely.

No sentido de haver estratégias organizacionais bem definidas, Martin Charter, diretor do Centro de Design Sustentável, da Universidade da Califórnia (USA), apresenta algumas lições para que haja inovação sustentável, que ele resume em colaboração, cocriação e novos modelos de negócio.

São algumas delas:

 

Destaca-se como exemplo da primeira tendência anteriormente descrita, a de que os novos modelos de negócio devem considerar as mudanças climáticas, a indústria automobilística BMW, como explicam AileenIonescu-Somers e Francisco Szekely: “Em 2007, ela criou a Strategy Number ONE para desenvolver conceitos sustentáveis para a mobilidade, buscando resolver as exigências e desafios urbanos de clientes. A estratégia foi a de um roteiro projetado para ajudar a empresa a crescer e ser rentável. Essa estratégia orientou a empresa a atingir sua meta de construir veículos com zero emissão de poluentes e que também diminuem o impacto sobre o meio ambiente, ao reduzir o consumo de recursos”.

Outro exemplo de inovação sustentável vem da empresa automotiva Tesla, que anunciou a produção de carros que farão uso de energia solar por meio de powerwalls (baterias para armazenamento de energia em casas ou empresas) e placas solares. Seu presidente, Elon Musk, explica que “precisamos atingir uma economia de energia sustentável ou iremos ficar sem combustíveis fósseis para queimar, e nossa civilização entrará em colapso”.

Esses são alguns exemplos de empresas que investem em inovação com o objetivo de criar uma vantagem competitiva no mercado e, assim, entregar valor ao seu cliente. Para tanto, fazem uso da sustentabilidade como processo legitimador diante dos desafios planetários enfrentados na atualidade. Entende-se, portanto, que a sustentabilidade não constitui um fim em si mesma, nos processos de inovação, mas é um pilar essencial para que a inovação possa acontecer.

Por fim, os pesquisadores Pedro Aloise, Cristine Nodarie Eric Dorion destacam, como orientadores do processo de inovação sustentável, três grupos de fatores:

O pensamento de Platão encerra este artigo, ao destacar que a necessidade é a mãe da inovação. É ela que dá o tom e a cadência. Necessidades globais, planetárias, ou necessidades regionais, locais.

 

*Artigo escrito por Claudia Cristina Lopes Machado é coordenadora da pós-graduação em Sustentabilidade e Governança Corporativa,da FAE Business School instituição associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é parceiro do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

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