• Carregando...
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)| Foto:
(Foto: Pexels)

(Foto: Pexels)

É só impressão ou vivemos atualmente com uma sensação de falta?

Parece que tudo nos falta, não somos bons suficientes no trabalho, em casa. Falta espaço em casa, no carro, faltam amigos, falta tempo, faltam horas de sono, faltam habilidades!

Algumas pessoas, entre elas a Lynne Twist, autora do livro “The Soul of Money” (ainda sem tradução para o português) perceberam nosso momento atual e trouxeram uma definição para o que vivemos: o paradigma da escassez.

A Lynne nos convida a ampliar nossa percepção sobre esse cenário, apresentando inicialmente três premissas que sustentam esse paradigma:

1ª premissa: Não há suficiente

Essa premissa me pegou de jeito! Realmente, em vários momentos do meu dia, eu chego a pensar “isso não será suficiente”. Na execução de uma tarefa, no preparo do almoço, na dedicação às amizades.

E não poderia ser diferente, fomos treinados, desde pequenos, a pensar assim. Aquela antiga brincadeira da dança das cadeiras, lembra? A brincadeira consistia em, a cada rodada, retirar uma cadeira e deixar alguém de fora. A mensagem era clara, nunca haveria suficiente para todos.

O mais interessante é que isso afeta o nosso convívio social. Isso porque ficamos com medo, insegurança pelos que não tem (por medo de perdemos o “pouco” que temos), ou nos afastamos de quem tem (por medo de parecemos “inferiores”, pequenos).

A 2ª premissa: diz que “mais é melhor”. Preciso de mais um par de sapatos, de mais um carro, de uma casa maior. O número de publicidade que recebemos por dia reforça essa crença e alimenta o consumismo. Afinal, mais de tudo sempre é melhor.

Aí você pensa, ok, esses fatos são incontestáveis. Mas as coisas são assim mesmo. E essa é a 3ª premissa que nos faz desistir e nos render à forma atual de olhar para as coisas pelo paradigma da escassez.

Eu sei que tem lugares que realmente passam pela insuficiência, mas não estou falando desses lugares. Estou falando da ilusão que vivemos, da lente que distorce nosso olhar para o que nos cerca.

Depois de conhecer esse conteúdo, entender essas premissas e perceber que eu também estava usando esses óculos, fiquei com muita vontade de mudar! E hoje estou disposta a procurar uma nova lente. A lente da suficiência.

A lente da suficiência é diferente da lente da abundância (que de certa forma tem a ver como a segunda premissa). Ela nos convida à olhar para as coisas não mais de forma quantitativa, mas qualitativamente. Nos convida à uma nova forma de atuar no mundo, valorizando o que temos e fazendo a diferença a partir disso.

Há pouco tempo conduzi um workshop com o tema desse artigo, eram mais de 20 pessoas presentes e posso dizer para você que tem mais gente que, como eu, quer trocar as lentes! E o caminho apresentando por quem estava lá era de muita coragem, gratidão e confiança.

Vamos fazer esse exercício?

*Caroline Mendes é sócia-empresária da Extrato Consultoria e voluntária do CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

**Quer saber mais sobre cidadania, educação, cultura, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom, Twitter: @InstitutoGRPCOM e Instagram: instagram.com/institutogrpcom

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]