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O mundo tem um plano B
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O que é uma organização de sucesso para você? Aquela que gera mais lucro? A que possui maior número de funcionários? A que mais cresce ao ano?

Vamos supor que encontramos uma organização que possui todas essas características – gera bons lucros, possui milhares de colaboradores e cresce de forma incrível todos os anos, porém, descobrimos que ela faz tudo isso à base de processos que devastam de forma intensa o meio ambiente, possui casos de trabalho escravo e abuso de autoridade. Pergunta: essa organização continua sendo uma organização de sucesso para você?

No mundo globalizado e de grandes escalas em que vivemos, onde a competição e a velocidade ditam o mundo dos negócios, temos que tomar cuidado com o que estamos consumindo e incentivando, afinal, na grande maioria das esferas, chegar ao topo significa atingir os maiores números o mais rápido possível – custe o que custar.

Neste momento, muitos podem dizer que sim, focam no crescimento de suas organizações, mas que não deixam de se preocupar com impactos sociais e ambientais de seus negócios. Será mesmo?

Por exemplo, você já se perguntou qual é a origem dos produtos ofertados pelo seu fornecedor? Ou para onde vai os resíduos provenientes de suas atividades? Ou até mesmo qual a diferença salarial entre o cargo mais alto e mais baixo dentro da sua organização?

Complicado, não?! Afinal de contas, na lógica do mercado não somos convidados a refletir sobre tais questões e dificilmente verificamos se algumas informações em relação aos nossos fornecedores são verdadeiras, sendo comum nos depararmos com diversos casos de Greenwashing – termo em inglês que significa algo como “lavagem verde”, e que indica a apropriação inadequada ou de forma não comprovada de virtudes ambientalistas por meio do uso de marketing e relações públicas, ou seja, organizações ou pessoas que tentam passar uma imagem positiva ao público, acerca da responsabilidade social e ambiental praticada, mas que na prática são ações “maquiadas” ou inexistentes.

Tais fatos tornam-se ainda mais agravantes, se pararmos para pensar que até 2050 a previsão é que nosso planeta conte com cerca de 15 bilhões de pessoas (praticamente o dobro da população atual), e que se todas as organizações e indivíduos não começarem a se preocupar com suas ações, e entendermos de que muita coisa mudou, mas que se continuarmos utilizando a mesma lógica de mercado datada da Revolução Industrial, dificilmente vamos conseguir reverter algumas situações. Já passou a época em que somente ONG’s ou Governos deveriam se preocupar com impacto social e ambiental gerado no mundo. Independente de qual tipo ou tamanho sejam nossas organizações, não podemos mais nos isentar de tais responsabilidades.

Mas, o que podemos fazer então? Um dos primeiros passos que acredito é redefinir o conceito de “sucesso nos negócios”. Por exemplo, se ao invés de valorizarmos as “melhores empresas do mundo”, passássemos a valorizar as “melhores empresas para o mundo”? Essa sútil mudança de chave, poderia desencadear mudanças tremendas em nossa sociedade.

Felizmente, existem organizações já pensando nisso, é o caso do Sistema B – movimento global que surgiu em 2006 nos Estados Unidos, e que tem como objetivo criar um ecossistema de empresas que atuam de forma social e ambientalmente responsável, e que desde de 2013 atua também no Brasil, contando já com 70 empresas certificadas, como por exemplo, Natura e 99 Jobs, e também duas paranaenses – a Quíron Educação e a Já Entendi, ambas atuantes no campo educacional.

Na prática, para certificar-se como Empresa B, a organização deve preencher um questionário de “Avaliação de Impacto” e passar por um processo que irá validar tais informações. São perguntas que avaliam desde ações internas da empresa, até a governança e a que a organização tem com seus parceiros e fornecedores.

Para aqueles que querem saber um pouco mais sobre o Sistema B no Brasil e o processo de certificação, vale conferir esse vídeo ou acessar a Avaliação de Impacto e fazer um primeiro teste, para verificar como andas a sua organização – o teste conta com 160 perguntas e é gratuito.

O mundo está em rápida transformação, e aqueles que se adiantarem, com certeza terão muito mais do que um diferencial competitivo, terão organizações referências e sustentáveis em todos os seus sentidos. Junte-se você também a esse movimento!

 

*Artigo escrito por Fernando Granato da Quíron Educação. A Quíron Educação é membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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