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O Centro de Ação Voluntária de Curitiba, através do Projeto Sou Cidadão, busca despertar e reforçar nos adolescentes uma visão mais crítica frente aos acontecimentos em nosso país. Somos apartidários, porém não apolíticos e, portanto, estamos sempre atentos aos acontecimentos para poder levar essa reflexão às nossas oficinas. É interessante notar que a versão 2016/2017 do projeto traz temas que vem sendo destaque nos meios de comunicação. Os mais de 50 adolescentes atendidos apenas no primeiro semestre deste ano puderam acompanhar um processo de Impeachment com mais entendimento quanto ao papel de cada personagem envolvido. Da mesma forma ao voltarmos os olhos para o processo da Lava Jato e os escândalos de corrupção, fomos confrontados em nossos encontros semanais com a pequena corrupção que atinge o cidadão comum e que não pode passar despercebido. Não fugindo deste assunto, recentemente o juiz federal Sérgio Moro, responsável por esses processos na primeira instância, esteve na Câmara dos Deputados defendendo o projeto de lei 4850/16 que nasceu a partir do texto “10 medidas contra a corrupção” apresentado pelo Ministério Público Federal cujo material divulgado na internet foi utilizado como base para a sensibilização dos adolescentes de colégios públicos de Curitiba. É sempre prazeroso perceber que eles, a partir da experiência que tiveram na oficina, puderam concluir que a corrupção se combate dia a dia e que é algo possível, mas não obrigatório ou inevitável, ou seja, cada pessoa decide compactuar com ela ou não.

Outro tema que ganhou certo destaque nos jornais foi o projeto de lei do senador José Agripino que busca incluir o tema do empreendedorismo no currículo da educação básica. Segundo ele, nem todos os brasileiros precisam ser empreendedores, mas é importante que todos conheçam o tema e tenham experimentado empreender, ainda que apenas na teoria. Nosso projeto contempla o empreendedorismo em sua modalidade social e, além de sensibilizar os adolescentes e levá-los a conhecer iniciativas vigentes na capital do Paraná, buscamos dar a eles a oportunidade de empreender, isto é, planejar, viabilizar e efetivamente realizar uma ação de impacto social na comunidade. Como resultado, já tivemos o surgimento de dois projetos de horta comunitária dentro de escolas estaduais na regional Boa Vista.

Por fim, nossas oficinas que tratam do tema das eleições são muito pertinentes ao momento atual. Nelas conversamos sobre a função de cada cargo político, a força das coligações partidárias, o impacto do voto nulo e branco na contagem de eleições majoritárias e proporcionais, além de falar sobre o papel do cidadão em todo o processo, não somente votando, mas também trabalhando nas eleições como convocados ou voluntários. Como conclusão, fazemos uma votação nada simbólica, pois os candidatos a representantes do grupo apresentam suas propostas, fazem suas campanhas e são eleitos para, em seguida, realmente decidirem questões que atingem cada integrante do grupo, fazendo prevalecer assim a democracia representativa, um dos temas também abordados em nossas conversas. Eis aqui um pouco de nossa metodologia: apresentação de temas relevantes e a possibilidade de vivenciá-los dentro do próprio grupo, nossa “mini sociedade”.

Estes são apenas 3 exemplos de temas abordados, discutidos e trabalhados com os adolescentes e que podem ser apontados como bem atuais e relevantes para a vida do cidadão. Essa é nossa forma de contribuir para formar uma geração mais bem preparada e pronta a observar, avaliar e posicionar-se frente aos desafios sociais, pois acreditamos que só o conhecimento nos liberta e a liberdade é a única forma de possibilitar escolhas mais conscientes e adequadas.

*Artigo escrito por Ronaldo Eugênio Barboza, psicólogo, professor, empreendedor digital e gestor de projetos no CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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