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Projeto “Sou Cidadão”, no fim dele, o que aprendemos?
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É com muito prazer que trazemos para este espaço os resultados colhidos após dois anos de aplicação do Projeto Sou Cidadão, um trabalho que buscou impactar adolescentes de Curitiba e Região Metropolitana, plantando neles uma semente da qual certamente brotará uma pessoa mais consciente e atuante em sua comunidade. Contudo, o que mais nos felicita não é a simples sensação de “dever cumprido”, mas sim o quanto nos enriqueceu essa experiência. Sendo assim, compartilhamos um pouco daquilo que, de maneira essencial e singular, aprendemos com cada adolescente que cruzou nosso caminho.

 

No fim aprendemos…

Que apesar de “educação” parecer sinônimo de “ensinar”, o maior legado não é apenas o que se ensina, mas também o que se aprende. Realizar o Projeto Sou Cidadão é como estar em uma escola onde em meio a rotina, se encontra sempre algo que nos surpreende.

 

No fim aprendemos…

Que educar é um ato de amor e que gentilezas praticadas serão devolvidas;

Que aquele que mais sabe, nem sempre é o que mais ensina, pois, bastou o encontro de duas almas, um giz, uma lousa e um sonho para tudo isso servir de inspiração a ambas as vidas.

 

No fim aprendemos…

Que o que fazíamos em nossos encontros: dançar, jogar, pintar, correr, ouvir e falar, do nosso jeito, em nosso tempo e à nossa maneira, além de uma demonstração de respeito e carinho também era educar. Um educar diferente onde o despertar coletivo seria para a vida inteira.

 

No fim aprendemos…

Que chamar a atenção também pode ser um ato de amor e reforça os laços, sempre quando realizado com cuidado para não destruir o afeto.

Aprendemos que o simples olho no olho e a escuta atenta foram tão valiosos durante muitos momentos em nosso projeto.

 

No fim aprendemos…

Que a confiança se constrói e que com ela podemos ir além do esperado;

Que as dificuldades foram simplesmente o alicerce para algo mais consistente;

Que experiências nós adquirimos a todo momento;

E que a transformação é sempre possível se não desistirmos, portanto tente!

 

No fim aprendemos…

Que é possível cair e se levantar como em um passe de dança;

Que o pensar diferente pode agregar mais que excluir;

Que a vida, como em um palco, nos reserva encontros surpreendentes;

E que amizades profundas nascem ao acaso se você permitir.

 

No fim também aprendemos…

Que nossa passagem é efêmera e que o que fica de valioso são os sorrisos, os abraços, o despertar da consciência, compartilhar a bondade e a vontade de fazer a diferença.

E que a despedida será sempre um “até logo” já que nunca iremos para tão longe ao ponto de não podermos sentir mais o calor da presença do outro. Porque quem planta não é necessariamente quem deve colher, quem ensina não está lá só para isso, mas também para aprender e que quem cuida do mundo não o faz para entregá-lo aos seus entes queridos, mas o prepara com carinho para alguém que nem sequer vai chegar a conhecer.

 

*Artigo escrito por Ronaldo Eugênio Barboza, psicólogo, professor, empreendedor digital e gestor do projeto Sou Cidadão no CAV Centro de Ação Voluntária de Curitiba.

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