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Um dia, participando de uma discussão sobre projetos sociais, o condutor do assunto nos provoca com a seguinte pergunta: “de onde vocês acham que vem o hábito da maioria da população curitibana de separar o seu lixo”? Realmente, eu nunca havia pensado nisso, mas por vir de outra cidade, cheguei aqui também trazendo a boa impressão que o resto do país tem da capital do Paraná: lugar de gente educada que não joga papel no chão.

Pode ser que isso esteja mudando e a cidade já não seja tão limpa como em outras épocas, mas a resposta para aquela provocação foi fenomenal: “isso é resultado da combinação do poder público que mantém um sistema de limpeza urbana eficaz com a ação de vários projetos sociais os quais conscientizaram toda uma geração mostrando a ela os bons frutos a serem colhidos. Hoje, as crianças e adolescentes daquela época são os adultos que separam seu lixo e que se recusam a jogar papel no chão” – conclui o palestrante.

E assim gostaria de começar a apresentação do projeto que atualmente gerencio através do Centro de Ação Voluntária de Curitiba, o Sou Cidadão.

Este projeto traz no nome seu objetivo principal: conscientizar os adolescentes de que todos somos cidadãos. Mas isso vai muito além de discutir temas como democracia, política, direitos ou deveres. Nele, o adolescente tem a oportunidade de discutir assuntos de formação pessoal como seu papel social no trabalho, a importância de se ter um plano de vida, o cuidado com sua saúde física e mental, sua relação com as novas tecnologias, sua conexão com a comunidade, noções de empreendedorismo social, entre outros.

Tudo isso de forma dinâmica, descontraída, exercitando a tolerância a opiniões diferentes, assistindo a vídeos ilustrativos e participando de vivências que enriquecem muito os encontros. Após refletir sobre estes processos e compreender melhor os fenômenos sociais, eles naturalmente se sentem mais conectados com o que está acontecendo ao seu redor e então recebem um convite para agir, um convite para experimentar atuar como protagonistas de alguma mudança social.

Como resultado, ao final das 20 oficinas buscamos ter um grupo de adolescentes mais conscientes de seu papel no mundo, capazes de tomar decisões mais assertivas e manter uma postura crítica frente aos fatos, ou seja, cidadãos mais ativos e preocupados com a comunidade por sentir-se parte dela. E, desta forma, muito orgulhosos por fazer parte disso, acreditamos estar reproduzindo o que um dia foi feito quanto à coleta seletiva de lixo: estamos despertando nas futuras gerações o poder de praticar sua cidadania de forma ativa e assim, quando adultos, certamente poderão construir uma cidade ainda melhor.

*Ronaldo Eugênio Barboza é psicólogo, professor, empreendedor digital e gestor do projeto Sou Cidadão, aplicado pelo CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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