Ainda em relação ao assunto, não posso deixar de citar uma cena observada em Santa Felicidade: o cabo eleitoral de um pleiteante à Câmara Municipal conversando animadamente e sambando – literalmente – com a efígie de seu candidato. Em um primeiro momento, pensei que fosse o próprio candidato plantado ali, em um democrático momento de descontração pré-eleitoral. Evoluia com elegância, miudinho, só no sapatinho. Foi só quando a figura caiu “de cara” no chão, após uma tentativa frustrada de rodopio, é que percebi a bidimensionalidade da situação – e o insuspeito talento do cabo eleitoral. Com tamanha habilidade, aliás, poderia perfeitamente substituir o próprio candidato no horário eleitoral.
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