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Chego em casa interessadíssimo – vá lá, nem tanto – em assistir a programação eleitoral gratuita na tevê. Não apenas por seu caráter cívico e nem pela grana em impostos que, sem saber, pago por ela, mas por seus aspectos pitorescos. É isso, aliás, que dá nome a este blog; é isso, enfim, que faz o dia do jornalista. Algumas percepções, digamos assim, “superliminares”:

. O primeiro programa, que apresentou os candidatos à presidência e pleiteantes à Câmara Federal, foi marcado, como era de se esperar, pela lembrança de Eduardo Campos, que, de adversário, passou à condição de amigo de infância de Aécio, Dilma, Lula e Eymael (pleiteante do PSDC).

phibes

Museu de Cera

. Acompanhando o programa, Tia Miloca tomou um susto ao ver a maquiagem do candidato Aécio Neves. Refeita do impacto, viu a maquiagem de Dilma – e tomou outro susto.


Gaza é Aqui

. No fechamento de seu programa, o PCB, do candidato Ivan Pinheiro, tascou uma bandeira da Palestina.

malafaia

Chama o Malafaia

. Pouco conhecido da massa pagã, o candidato Pastor Everaldo, do Partido Social Cristão, apelou à verve de outro religioso, o pastor Silas Malafaia – líder religioso que se tornou conhecido pelos ataques ao ativismo homossexual. A ideia é chegar, antes de Marina Silva, a estimados 40 milhões de eleitores evangélicos.

 

Bossa Locais

. É uma tradição: ainda que tecnicamente menos elaborado que o bloco dos presidenciáveis, o bloco dos candidatos a deputado federal ganhou no quesito pitoresco. A começar pelo uso generalizado da camisa azul com cheiro de naftalina, símbolo de esperança tirado a cada dois anos do armário.

. Marcelo Belinati, candidato do PP, deu início à temporada de bordões estranhos: “chega de deputado copa do mundo, que só aparece de quatro em quatro anos”. Também dentro do espírito da Copa do Mundo, o candidato Paulo Rink deu uma cabeçada – caprichada, aliás – em uma bola “brazuca”. Outro bordão curioso é o do candidato Edu, que pretende se eleger pelo litoral – “pense bem: candidato turista ou do litoral?”. Outro, da linha clássica: “vote com arte, vote Dinarte”.

. Confesso que vi e revi a aparição do candidato Mister Oproh, do PEN – e ele disse “Não vote no Mister Oproh”! Das duas uma: ou o cara é um mentalista tentando convencer o eleitorado pela técnica da psicologia reversa, ou eu não estou entendendo mais nada. Ou, então, o cidadão conseguiu uma publicidade gratuita neste blog com um pequeno truque.

oproh

. Dernier Cri: a gravata verde metálico vestida pelo Rafael Greca é super tranchã.

Descascando a viatura

Nem esta Gazeta do Povo escapou do primeiro dia da propaganda eleitoral na tevê. No bloco dos candidatos da coligação do PT, pequenos esquetes denunciaram mazelas do governo Beto Richa. Numa delas, uma viatura da polícia militar foi literalmente descascada; sob a primeira camada de tinta, apareciam referências gráficas a matérias do jornal. Pontos para o jornal, que é referência em informação séria. Fora isso, vale destacar a imaginação dos marqueteiros – que é uma coisa realmente incrível.

playmobil. Last, but last, mesmo

Postagem do nobre Rogério Galindo no blog “Caixa Zero” destacou o uso, por Gleisi e Beto Richa, de imagens extraídas de bancos de imagem – internacionais, for sure – para representar o “paranaense feliz e trabalhador”. A revelação da importação imagética, é claro, causou constrangimento. “Se tivessem usado bonecos playmobil, não tinha treta”, considerou Tia Miloca.

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