Descobridor dos pentacampeões Dida, Vampeta e Júnior, do meia Anderson Talisca, do Benfica e do atacante Guilherme, do Atlético-MG, Newton Motta está muito próximo de fechar uma parceria com o Atlético. Ele chega a Curitiba na quinta-feira (12) à noite, visita o clube e se reúne com Mario Celso Petraglia na sexta-feira e assiste ao jogo contra o Maringá, no sábado à noite. O acordo envolveria o Furacão e a Motta Academia de Futebol, mantida por ele, em Salvador.
Motta explicou ao Intervalo a aproximação com o Atlético. Começou por intermédio de Magno Moraes, observador do Atlético no Nordeste. Moraes indicou seis jogadores da academia de Motta. Três deles já treinam no sub-15 rubro-negro: o goleiro Vágner, o lateral-direito Magal e o zagueiro Jefferson.
“Funcionaríamos como um centro de captação de jogadores para o Atlético no Nordeste. O Atlético pode ter a preferência na escolha das nossas revelações e aqueles que o Atlético não quiser, repassamos para outros clubes – obviamente não do estado do Paraná. O Atlético pode ter uma participação nos jogadores que saírem daqui. Vamos conversar”, explicou Motta, que atende 470 pessoas na sua academia. A maioria é de garotos que sonham ser jogador de futebol, mas também há atletas desempregados e pessoas interessadas na prática recreativa do esporte.
Newton Motta passou dez anos na base do Vitória, nos anos 90. Período em que o clube revelou nomes como Dida, Vampeta, Júnior, Alex Alves e Fábio Costa. Virou referência mundial. Foram outros nove anos no Bahia. Pelas suas mãos passaram nomes como Gabriel, hoje no Flamengo, e Anderson “Yaya” Talisca, do Benfica. Em um curto período no Cruzeiro, levou para lá Guilherme, campeão da Libertadores de 2013 pelo Galo.
Na dupla Ba-Vi, trabalhou com Paulo Carneiro, novo diretor de futebol do Atlético. Essa proximidade fez com que circulasse a informação de que Motta assumiria a base do Furacão, o que ele nega. Entende que a academia lhe dá um tempo de trabalho que os clubes, por questões políticas, acabam não permitindo. Ainda assim, vê na contratação de Carneiro pelo Atlético mais um ponto favorável à parceria.
“Foram dez anos juntos, período em que ele desenvolveu uma amizade com o Petraglia. Paulo tem muito de Petraglia. O empreendedorismo, a visão de futebol. É um ponto favorável à parceria, sim”, afirmou.
Com Eduardo Luiz Klisiewicz
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