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Cartão postal de Curitiba e sede do velôdromo, Jardim Botânico concentra maior volume de furtos de bicicletas
Cartão postal de Curitiba e sede do velôdromo, Jardim Botânico concentra maior volume de furtos de bicicletas| Foto:
Roberto Dziura Jr. /Gazeta do Povo

Cartão postal de Curitiba e sede do velôdromo, Jardim Botânico concentra maior volume de furtos de bicicletas

Principal cartão postal de Curitiba e atração que mais atrai turistas, com média de frequência anual de um milhão de visitantes, o Jardim Botânico é também o ponto onde ocorre o maior número de furtos de bicicleta na capital paranaense.

Um sistema de mapa colaborativo, desenvolvido na plataforma Google Maps, possibilita o mapeamento das regiões com maior incidência de furtos e roubos de bicicletas na cidade. No mapa, o Jardim Botânico aparece como “zona vermelha”, dado o elevado número de casos de furtos (sem o uso de violência) no local, que também abriga o velódromo de Curitiba.

O jornalista Thiago Bastchen, que teve sua bike furtada no paraciclo do parque em março deste ano, relata que sequer o uso de três cadeados ao mesmo tempo foi suficiente para impedir que os ladrões levassem sua bicicleta. “Fui ao parque com um amigo e tudo aconteceu em menos de 15 minutos. As três correntes foram cortadas e a bike foi levada. Um policial da Guarda Municipal que trabalha lá reconheceu que isso é comum e ocorre diariamente e que não há o que fazer”, relata. O prejuízo foi de R$ 1,5 mil, segundo o ciclista.

Surpreende o fato de que, apesar de ser de amplo conhecimento – inclusive dos funcionários do parque, nada seja feito para impedir os furtos no local. O policiamento na área interna do parque é de responsabilidade da Guarda Municipal de Curitiba (GMC), que conta com um posto na área interna do parque e, teoricamente, deveria fazer a ronda na área com o uso de bicicletas da ciclopatrulha.

Reprodução

BO e cadeados estourados de bicicleta furtada no Jardim Botânico

Procurada, a Guarda Municipal reconhece o elevado número de furtos e culpa a falta de efetivo para cuidar de uma área de 100 mil metros quadrados. “Temos dois guardas para cuidar de todo o parque e a missão deles não é apenas cuidar do estacionamento. A gente sabe do problema, mas é a tal da coisa, o vagabundo fica na espreita e age quando o guarda vai para outra área”, justifica o inspetor da GMC, Vilson Stenpinhaki. A situação, diz, deve melhorar com a realização de um concurso público para contratação de novos agentes da GMC ainda nesse semestre.

Segundo ele, um projeto em parceria com O Boticário – empresa responsável pelos serviços de manutenção, reformas e outras melhorias no Jardim Botânico – prevê ações que devem aumentar a segurança dos visitantes que frequentam o parque sobre duas rodas. A proposta prevê a instalação o isolamento da área de estacionamento com controle de acesso ao Botânico, semelhante ao que ocorre, por exemplo, no Jardim Zoológico, sem a cobrança de entrada.

O projeto, de acordo com Stenpinhaki, prevê ainda a instalação de câmeras de monitoramento no interior do parque e, em especial, na área do estacionamento e dos bicicletários, que também terá um módulo fixo da Guarda Municipal.

Atualmente, na área interna do parque, é possível estacionar as bicicletas no bicicletário gerido pela Bicicletaria.net, que oferece serviço de estacionamento, oficina e aluguel de bicicletas. Durante o dia, o usuário pode estacionar no local gratuitamente.

Zonas de Perigo

Reprodução/Google Maps

Ciclovia atrás do Graciosa Country Club registra os maiores índices de assaltos com uso de facas ou arma de fogo

A Praça Eufrásio Correa, no Centro da capital – região onde fica a Câmara Municipal de Curitiba – e o entorno do Shopping Müeller, no Centro Cívico, são outros pontos com altos índices de furtos de bicicletas.

Já a ciclovia da Conselheiro Laurindo – entre a Rua Brasílio Itiberê e a Avenida 7 de Setembro, no Rebouças – e a ciclovia paralela à Avenida Nossa Senhora da Luz, na divisa entre o Cabral e o Bacacheri, atrás do Graciosa Country Club –,registram os maiores índices de assaltos, com emprego de violência e ameaça com facas ou armas de fogo.

Serviço
Quem teve a bicicleta roubada ou furtada deve registrar Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Militar, informando todos os detalhes da bicicleta, como marca, modelo, características individuais (adesivos, arranhões, peças). Também é importante manter a nota fiscal de compra e informar o número de série do quadro (gravado embaixo do movimento central).
Em Curitiba, há um grupo no Facebook que reúne informações sobre bicicletas roubadas na cidade. Já na página Alerta de Bikes Roubadas Curitiba é possível compartilhar detalhes sobre sobre furtos e roubos.

 


Ver Bicicletas Roubadas em Curitiba num mapa maior

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