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Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
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Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

2016 ainda não acabou para o UFC, mas já dá para fazer uma retrospectiva do ano mais importante da história do maior campeonato de MMA do mundo.

Teve venda bilionária, Conor McGregor fazendo história, a tão aguardada estreia em Nova York… e também em Curitiba, na Arena da Baixada lotada, por que não?

O último evento da temporada, o 40.º, acontece nesta sexta-feira (30), em Las Vegas, com direito ao retorno de Ronda Rousey ao octógono.

JANEIRO

– Em uma luta épica, Robbie Lawler derrotou Carlos Condit por decisão dividida e manteve o título dos meio-médios.

– Campeão que havia perdido o cinturão por causa de seguidas lesões, Dominick Cruz teve a chance de disputar o título novamente. Não desperdiçou. Bateu TJ Dillashaw por decisão dividida.

FEVEREIRO

Anderson Silva voltou a lutar após um ano suspenso por doping. Ele enfrentou o inglês Michael Bisping em Londres, achou que havia nocauteado no terceiro round, mas a luta na havia parado. No final, o brasileiro perdeu por decisão unânime e se irritou com o resultado.

MARÇO

– No UFC 196, dois momentos históricos. Holly Holm, que havia tirado o cinturão peso-galo de Ronda Rousey, foi finalizada por Miesha Tate no quinto round. O reinado de Tate, porém, não duraria muito.

– Também com um mata-leão, Nate Diaz foi o responsável pela primeira derrota de Conor McGregor no UFC. O duelo, que aconteceu na categoria meio-média, terminou com o irlandês pedindo dando três tapinhas diante do polêmico americano, que teve só 12 dias de preparação. Foi o início de uma grande rivalidade.

ABRIL

Jon Jones finalmente voltou ao ringue após uma série de problemas com a Justiça. Ele deveria lutar contra Daniel Cormier, que se machucou, então encarou Ovince St. Preux por um título interino. Venceu por decisão unânime.

– No mesmo card (UFC 197), Demetrious Johnson nocauteou Henry Cejudo e seguiu imbatível entre os moscas.

MAIO

– O UFC 198 agitou Curitiba. Com cerca de 45 mil pessoas lotando o estádio, o evento foi um grande sucesso. A maior parte dos ingressos se esgotou em poucos dias.

– Além da derrota de Fabrício Werdum para Stipe Miocic (nocaute no primeiro round), que custou o título dos pesados ao gaúcho, outro combate marcou o evento.

– Após anos de insistência, a curitibana Cris Cyborg estreou no UFC vencendo a amaricana Leslie Smith em 1min21s. A atleta formada na Chute Boxe foi ovacionada pelo público.

JUNHO

– No UFC 199, outro campeão perdeu a coroa. O peso-médio Luke Rockhold era muito favorito diante de Michael Bisping, mas foi nocauteado no primeiro round. Uma das maiores zebras do ano.

– No mesmo evento, Dominick Cruz encarou seu maior rival, Urijah Faber, único a derrotá-lo na carreira. Domínio total do campeão, provando que deixou as lesões para trás.

JULHO

– O mês de julho foi intenso. Dentro e fora do ringue. No dia 11, o UFC anunciou oficialmente que foi vendido para o grupo de entretenimento americano (com investimento chinês) WME-IMG. O valor gira em torno de US$ 4 bilhões, maior transação da história do esporte.

– Pouco antes, três eventos realizados em três dias, com muitas surpresas. O brasileiro Rafael dos Anjos foi nocauteado por Eddie Alvarez no primeiro round e perdeu o título dos leves.

– No dia seguinte, a polonesa Joanna Jędrzejczyk derrotou a brasileira Cláudia Gadelha por decisão unânime e continuou mandando na categoria palha.

– Por último, o histórico UFC 200. No papel, 12 lutas de alto nível. Nem todas agradaram, porém. Os destaques foram os seguintes:

José Aldo voltou a lutar após perder o cinturão para Conor McGregor. Derrotou Frankie Edgar por decisão unânime, recebeu um cinturão interino, mas meses depois do combate chegou a anunciar a aposentadoria depois de ter a revanche contra o irlandês recusada.

– Depois de sair do card de Curitiba por causa de um problema de saúde, Anderson Silva apareceu para salvar a o UFC 200. Ele substituiu Jon Jones (que caiu no doping) em apenas dois dias de antecedência. Enfrentou o campeão meio-pesado Daniel Cormier, mas foi dominado sem dificuldade.

Brock Lesnar, ex-campeão peso-pesado e astro do pro-wrestling americano (telecatch), reapareceu para derrotar o neo-zelandês Mark Hunt e receber o maior salário do evento: US$ 2,5 milhões. Não demorou, contudo, para o lutador cair no doping e o resultado ser mudado para um No Contest (sem resultado).

Amanda Nunes, a Leoa, não deu chances a Miesha Tate e tomou para si o cinturão peso-galo. A baiana foi a primeira brasileira a ser declarada campeã do UFC. Ela fechará o ano fazendo a luta de seus sonhos contra Ronda Rousey.

– Julho não acabou antes de outro campeão perder o trono. Tyron Woodley surpreendeu e nocauteou Robbie Lawler no primeiro round no dia 30.

AGOSTO

– No mês da Rio-2016, o UFC foi econômico em eventos. Foram apenas três, mas só um com grande relevância.

– No UFC 202, Conor McGregor exerceu sua força nos bastidores e conseguiu a revanche com Nate Diaz, pelos meio-médios. E desta vez o irlandês ganhou. Luta acirrada, mas triunfo por decisão unânime (48-47). O duelo foi recorde de pay-per-views, com 1,65 milhões de compras.

SETEMBRO

Stipe Miocic defendeu com sucesso o cinturão dos pesados em sua casa, Cleveland. O adversário foi o holandês Alistair Overeem, que acabou nocauteado logo no assalto número um.

– O evento também marcou a estreia de CM Punk, estrela do telecatch, no MMA. Punk teve pouco mais de um ano de preparação, adiou o debute várias vezes por causa de lesões, mas não adiantou. Sem experiência, foi presa fácil para Mickey Gall, que tinha apenas duas lutas profissionais.

– No dia 24, em Brasília, Cris Cyborg estrelou o penúltimo evento no Brasil no ano. No segundo round, nocauteou Lina Lansberg.

OUTUBRO

– O parnanguara John Lineker estrelou um card do UFC pela segunda vez. Contra o experiente americano John Dodson, uma vitória por decisão dividida colocou o lutador perto de uma disputa de título dos galos.

-Na Inglaterra, no UFC 204, Michael Bisping defendeu o cinturão contra o veterano Dan Henderson. Ficou muito perto de ser nocauteado, exatamente como aconteceu no UFC 100, mas se recuperou e levou a decisão unânime. O combate marcou a despedida de Hendo como uma lenda do MMA.

– No mesmo card, Vitor Belfort tomou a segunda surra seguida. Ele já havia perdido para Ronaldo Jacaré em Curitiba de forma incontestável e foi novamente nocauteado. O responsável foi o holandês Gegard Mousasi.

NOVEMBRO

– No México, Rafael dos Anjos continuou em queda. Perdeu para Tony Ferguson por decisão unânime e viu passar na sua frente no ranking dos leves e também no chamariz para grandes lutas.

– A estreia do UFC em Nova York teve o melhor card do ano, com direito a dezenas de celebridades ao lado do octógono.

Miesha Tate perdeu para Rachel Pennington e anunciou sua aposentadoria.

– O cubano Yoel Romero aplicou uma sonora surra em Chris Weidman (o cara que ganhou de Anderson Silva) e deve enfrentar Bisping em breve. A guerra de palavras entre os dois começou ainda no ringue.

– A polonesa Joanna Jędrzejczyk continuou dominante e venceu a compatriota Karolina Kowalkiewicz sem percalços.

– O mais emblemático dos sete empates no UFC em 2016. Tyron Woodley e Stephen Thompson, que disputavam o cinturão meio-médio, fizeram uma luta alucinante. Thompson, o desafiante, mostrou muito coração e terminou o duelo caminhando para frente. O título segue com Woodley, mas o tira-teima vai acontecer em 2017.

Conor McGregor se tornou o primeiro lutador a ser campeão simultâneo de duas categorias. O irlandês acabou facilmente com Eddie Alvarez, tomou o cinturão dos leves e não conteve a alegria. O lutador, no entanto, vai parar por dez meses porque descobriu que será pai. Semanas depois, o UFC confirmou que retirou o título dos penas das mãos de Conor, que havia avisado que teria de ficar em uma só divisão.

– No dia 19, São Paulo recebeu o último evento no Brasil. Na luta principal, Ryan Bader atropelou Minotouro Nogueira e venceu no terceiro round.

DEZEMBRO

Demetrious Johnson igualou o recorde de Anderson Silva ao bater Tim Elliot em Las Vegas. São nove defesas seguidas de cinturão para o Mighty Mouse, que certamente vai superar a marca no ano que vem.

– O americano Cub Swanson e o coreano Doo Hoi Choi fizeram um combate épico no UFC 206, candidato a luta do ano. Decisão unânime para Swanson. Na luta principal do mesmo evento, Max Holloway pavimentou seu caminho para a disputa de cinturão dos penas ao bater Anthony Pettis por nocaute técnico.

Paige Vanzant, lutadora queridinha do UFC e que passou grande parte de 2016 focada no programa Dancing With The Stars, versão americana da Dança dos Famosos, perdeu para Michelle Waterson em apenas 1min21s no UFC on Fox 22.

– Na mesma edição, o veterano Urijah Faber fez sua última luta. Derrotou Brad Pickett por decisão unânime e se aposentou aos 37 anos.

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