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Cavaleiro da Lua
Cavaleiro da Lua| Foto:
Cavaleiro da Lua

Cavaleiro da Lua

Nem toda boa premissa tem um bom desenvolvimento. E também nem todo bom desenvolvimento tem um bom final.

Bom, o Cavaleiro da Lua escrito pelo Brian Michael Bendis e desenhado pelo Alex Maleev tem uma ótima premissa.

Pena que para por aí. O desenvolvimento é ruim e o final, pior.

Explico um pouco melhor: Cavaleiro da Lua é um personagem do terceiro – talvez quarto ou quinto – escalão da Marvel. Vamos ver se ele lhe lembra alguém: não tem super-poderes, é podre de rico, tem um mordomo, uma caverna, uma helicóptero e se veste de branco.

Pois é. Só que o Batman já foi inventado e tinham que colocar algo para tornar o Cavaleiro da Lua menos parecido com o personagem da concorrente DC. Inventaram múltiplas personalidades. Assim, o Cavaleiro não tem uma só identidade secreta. Tem três ou quatro (depende da história).

Mesmo assim, o Cavaleiro da Lua sempre foi um personagem muito legal, e várias histórias interessantes foram feitas com ele.

Nesta aqui, Marc Spector (a personalidade principal) não consegue mais conversar com as demais personalidades e começa a alucinar com outras personalidades. Quem? Capitão América, Wolverine e Homem-Aranha.

Falei que era uma boa ideia! Um super-herói maluco que acha que outros super-heróis estão lhe mandando fazer isso ou aquilo.

Pena que Bendis erra a mão. O que devia ser uma história bem bacana com um super-herói esquizofrênico acaba virando uma chatisse e, pior, inverossímil.

Quando se vai fazer uma história, há de se ater ao universo (fantástico ou não) em que ela se passa. Pois bem: O Cavaleiro da Lua NÃO pode lutar com alguém que já empatou em força com o Thor. Não tem como. Mesmo sendo estrategista e tal, não tem como.

Além disso, os vingadores de verdade (e sim, eles aparecem em determinado momento da história) jamais deixariam um louco alucinando tomar conta de um artefato tão importante quanto o que Spector tem em suas mãos. Eu não vou contar para não estragar a leitura, mas dentro do universo ficcional abordado, é difícil de engolir.

A arte é bacana, apesar do péssimo hábito de copiar e colar que aparece em determinados momentos. Mas não é nada que incomode o leitor.

Ah, e a conclusão da história (em dois volumes) é previsível até a última gota de suor.

Enfim, é uma história de super-herói, não podemos esperar muito. Mas com uma premissa dessas, podia ser bem melhor.

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