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Albari Rosa/Gazeta do Povo

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Desde o início da Olimpíada no Rio de Janeiro há uma discussão se a torcida brasileira é exagerada, se as vaias são adequadas ou não. De certo, que público mais criativo e engraçado não há. Abaixo, as provas:

– Na luta que valeu o ouro no boxe para o Robson Conceição contra Sofiane Oumiha, as arquibancadas entoaram o grito definitivo: “1, 2, 3, porrada no francês”.

– Ainda no boxe, os torcedores brasileiros, ansiosos pela luta de Conceição, “aqueceram” vibrando com a apresentação de outro compatriota, o juiz da luta anterior! A cada intervenção do árbitro Jones Kennedy da Silva do Rosário, gritos de “apoio” ecoaram pelo Riocentro.

– Os torcedores brasileiros vaiaram tanto o saltador Renaud Lavillenie, na disputa com Thiago Braz, que acabou com o ouro, que o francês comparou o público aos nazistas que vaiaram Jesse Owens. E o técnico do perdedor ainda disse que o Brasil é um “país bizarro” regido por forças místicas.

– A goleira Hope Solo desembarcou no Brasil ainda sob a polêmica do kit anti-Zika, quando apareceu no Instagram trajada como um apicultor do fim do mundo. Bastou a camisa 1 entrar em campo para ouvir os gritos de “Ziiiiiikaaaa” sempre que batia tiro de meta e “Olê, olê, olê, olá, zikaaa, zikaaa”.

– Os torcedores aproveitaram para homenagear o boxeador equatoriano Carlos Andres Mina com os versos de Pelados em Santos, dos Mamonas Assassinas. Aqueles do “Mina, seus cabelo é da hora”.

– O americano DeAndre Jordan é famoso pelo baixíssimo aproveitamento nos lances-livres no basquete. Para incentivá-lo, sempre que o pivô da seleção dos EUA partia para as cobranças contra a China os brasileiros cantavam: “Eu acredito! Eu acredito!”.

– O péssimo desempenho da seleção masculina de futebol nos dois primeiros jogos, empate por 0 a 0 contra África do Sul e Iraque, fez com que a torcida cobrasse o time de uma forma diferente. “A Marta é melhor que o Neymar” virou um grito de provocação.

– Antes de Brasil e Dinamarca, pelo futebol masculino, a torcida na Arena Fonte Nova adotou a seleção do Japão no duelo contra a Suécia. E inventou o canto “ô, vamos Pokémon!”.

– O público brasileiro decidiu engrossar a torcida do Cazaquistão e, de acordo com a semelhança do grito dos estrangeiros, passou a entoar “Osasco, Osasco”, como a cidade paulista, para incentivar o atleta cazaque.

– O brasileiro gosta de adotar o time mais fraco para torcer. Foi assim com a seleção de angola no handebol feminino. Teve até o indefectível grito de “sou brasileiro, com muito orgulho”, adaptado para as africanas: “Eu sou angolano, com muito orgulho, com muito amor”.

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