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Recorde, golaço e drama: relembre um Atlético e Santos clássico na Vila
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Caros, para um novo Atlético e Santos, desta feita pela Libertadores, recupero um post antigo com um relato do mais clássico encontro entre os dois clubes. Há quase 50 anos, as duas equipes se encontraram na partida que marca o recorde de público do Durival Britto, mais de 24 mil pessoas.

Duelo que entrou ainda para a história pelo golaço do atacante Madureira, do Furacão, tento que poderia muito bem ter sido assinado por Pelé, ausente naquele jogo, ou figurar como uma obra de Lionel Messi. O confronto ainda teve uma passagem bizarra, com um torcedor eletrocutado.

Relembre o texto e, principalmente, veja fotos espetaculares, verdadeiras relíquias, da vitória do Rubro-Negro por 3 a 2 sobre a gloriosa representação santista.

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Amigos, voltamos, desta feita com verdadeira PEPITA DE OURO da história do futebol paranaense. Com Atlético e Santos marcado para o sábado (15), na Baixada, recupero outro duelo entre as duas representações, talvez o mais clássico de todos os tempos.

Era 1968 e o Rubro-Negro disputava o chamado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Brasileiro da época. Dia 8 do 9 seria a vez de enfrentar o Santos. Veja bem, não se tratava de um compromisso qualquer, simplesmente o Santos. Era o Santos de Pelé, aquele Santos que, desde então, fez com que o Santos seja sempre o Santos e não, simplesmente, o Santos.

Entendeu? Se não entendeu, não tem problema. Nem tudo na vida a gente precisa entender.

O fato é que o Rei não pôde participar daquele jogo, abatido por uma gripe. Desfalque que em nada diminuiria a dificuldade da jornada rubro-negra. Seria algo como se ao invés de você lutar sozinho contra 15 pessoas tivesse de enfrentar 10. A chance de apanhar é rigorosamente a mesma.

Mesmo sem o Edson, o conjunto peixeiro dispunha de Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu, Joel Camargo, entre outras feras. Para se ter uma ideia, o clube conquistou quatro títulos naquela temporada. Levantou as taças do Paulista, Recopa Intercontinental, Supercopa Sulamericana e o torneio em questão, apelidado Robertão.

Mas, você já ouviu falar que o futebol é DINÂMICO?

Pois então, se o Santos era forte, o Atlético também era um escrete TINHOSO. Contava com o goleiro Célio e o lateral-esquerdo Nilo, dupla emprestada pelo arquirival Coritiba, os bicampeões mundiais Djalma Santos e Bellini, o craque gangsta Zé Roberto, Nilson Bocão Borges e Madureira que, dizem os antigos, foi um dos maiores craques que já passaram pelo Paranã e estava emprestado pelo Ferroviário.

Resultado: 3 a 2 para o Furacão, gols de Zé Roberto, Gildo e Madureira (um tento DIGNO DE PELÉ, VEJA) para os donos da casa e Toninho e Edu para os forasteiros. JOGAÇO de bola testemunhado pela maior audiência da história do Durival Britto: 24.303 torcedores.

E o que é melhor? Você pode praticamente assistir ao confronto passeando pelas fotos abaixo.

Chance de ver e rever um futebol que não existe mais. De jogadores elegantes em trajes imaculados, sem a porcariada (necessária, eu sei) dos patrocínios, o céu sem prédios de Curitiba, uma infinidade de curiosidades em cada detalhe e até a um ELETROCUTAMENTO DRAMÁTICO, felizmente, sem vítima fatal.

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