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Amigos, entramos na semana do Atletiba. Domingo, às 16 horas, na Baixada, Atlético e Coritiba se enfrentam e o blog terá programação especial até lá. É a nossa semana do Oscar, do Grammy, a nossa finalíssima do Masterchef e do The Voice Kids (até que tenhamos outra, na decisão do Paranaense, isso se o Paraná deixar e a dupla conseguir chegar).

Serão sete publicações até o domingo, uma por dia, com fotos históricas e muitas inéditas de Atletibas do passado. Você sabe, material que só tem aqui no Memória FC, nem adianta procurar em outro lugar (quem fica copiando foto e reproduzindo sem crédito não conta).

Mas, vamos ao que interessa…

O primeiro clássico desta verdadeira SEQUÊNCIA DE CAMARÃO que servirei aos leitores é o mais antigo, de 1968. Foi um ano louco, não é mesmo? Não participei (nasci em 79), mas algumas pessoas que estiveram lá juram que foi sensacional e outras não se lembram exatamente dos detalhes.

Teve o Verão do Amor em 67 e a juventude estava naquela onda, naquele lance, naquela transa cósmica. Teve maio de 68 em Paris. Teve “2001: uma odisseia no espaço”. Teve o Álbum Branco dos Beatles e o Beggar’s Banquet dos Stones.

Entrou para a história como a temporada que inaugurou uma infinidade de transformações éticas, políticas, sexuais e comportamentais que afetaram o mundo de maneira irreversível. 1968 foi também o ano de nascimento da cantora Mara Maravilha, mas o efeito disso seria sentido só décadas depois.

Tudo isso pra dizer que o futebol paranaense também viveu sua REVOLUÇÃO DOS COSTUMES. Após o rebaixamento do Atlético em 67 para a Segundona do Estadual, o novo presidente do clube, Jofre Cabral e Silva, prometeu revolucionar o clube e, de quebra, bagunçou todo o cenário.

Trouxe o Furacão de volta à elite na canetada e montou uma equipe de galácticos para os padrões locais. Vieram os bicampeões mundiais Bellini e Djalma Santos, Nilson Borges, Sicupira, Dorval (aquele do “Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe“), Zé Roberto, entre outros.

O Coxa, claro, não queria ficar atrás. E nem poderia, com o timaço que dispunha. Célio, Nico, Roderley, Nilo, Krüger, Kosilek e, mais tarde, o herói do título, Paulo Vecchio, entre outras feras estavam no Alto da Glória.

Como não poderia deixar de ser, tantas cobras e a rivalidade ancestral entre rubro-negros e coxas-brancas fez do certame de 68 talvez um dos melhores de todos os tempos. Com final apoteótico que um dia, quem sabe, contarei aqui no blog.

Enquanto isso, curtam as fotos da vitória por 2 a 1 do Alviverde em 25 de agosto. Chance de sentir-se no Belford Duarte há quase 50 anos. Perceber como o futebol se desenrolava na época e qual era o horizonte de Curitiba. Ver em ação Krüger, Bellini e Zé Roberto. Viver um pouco uma outra vida.

Abaixo das fotos, você encontra a FICHA DO JOGO, cortesia dos camaradas do grupo Helênicos.

O material pertence ao GRPCOM e não pode ser reproduzido sem autorização. São registros dos fotógrafos Portão, Edison e Vald.  

CORITIBA 2 X 1 ATLÉTICO – 25/8/1968

CORITIBA

Célio; Deleu, Modesto, Roderley e Nilo; Lucas e Rossi (Neiva); Oromar, Kosilek, Krüger e Édson (Wálter). Treinador: Francisco Sarno.

ATLÉTICO

Muca; Adílson, Bellini, Charrão e Gilberto; Jair Henrique e Paulista; Dorval, Milton Dias, Zé Roberto e Nílson. Técnico: Nestor Alves.

Estádio: Belfort Duarte. Árbitro: Arnaldo César Coelho. Gols: Oromar, aos 23/1º e Krüger, aos 35/1º; Milton Dias, aos 2/2º. Renda: NCr$ 33.629,00.

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