• Carregando...
AFP PHOTO / DON EMMERT
AFP PHOTO / DON EMMERT| Foto:

José Maria Marin foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos. O cartolão brasileiro, ex-presidente da CBF, um dos homens que esteve à frente da Copa do Mundo no Brasil, deixou a corte direto para uma prisão federal. Pode pegar pena de até 120 anos.

É um marco histórico. Pela primeira vez, um dirigente de futebol brasileiro vê a “casa cair”, como se diz no linguajar policial quando a bandidagem se complica. Marin foi considerado culpado em seis das sete acusações sobre recebimento de propina. E uma série de cartolas pelo mundo estão implicados.

Pena que nada disso aconteceu do Brasil. E, aparentemente, nunca vai acontecer. Com a Operação Lava Jato, já vimos alguns bacanas, donos de empreiteiras, políticos, por exemplo, entrarem em cana. Não parece ser o futuro de quem comanda o futebol no país, esporte gigante no campo, minúsculo fora.

LEIA MAIS: Nuzman, Teixeira, Del Nero, Marin, a cartolagem é a vergonha do Brasil

A começar pelo topo. Marco Polo Del Nero, agora presidente afastado da CBF pelo Comitê de Ética da Fifa, continua “prestigiado” no meio do futebol. Questionados sobre o absurdo da situação, o principal dirigente do país acossado pelo FBI, cartolas brasileiros nem deram bola.

E assim vai. Crimes, irregularidades, patifarias de toda sorte, mutretas de fazer corar a mais alta esfera da malandragem, não faltam no Brasil envolvendo o futebol. E todo mundo conhece, os próprios torcedores sabem como funcionam os bastidores dos clubes que torcem.

Infelizmente, repito, não creio que veremos alguma coisa mudar. Já teve CPI do Futebol, CPI da Nike etc, e pouquíssimo efeito prático. Em todo o caso, uma coisa é certa, se a Justiça do Brasil fosse como a dos EUA, ia faltar cadeia para dirigente de futebol no país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]