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Se Weverton merece ficar fora da seleção por provocação, Neymar também deve
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A provocação de Weverton a torcedores paranistas (que considerei normal) abriu a discussão se o jogador do Atlético mereceria ficar fora da seleção brasileira. Há quem acredite que a atitude não combina com um jogador do selecionado nacional, e que o camisa 12 deveria ser exemplo. É uma visão, respeito.

Agora, discordo. Primeiro porque não vi problema algum na ação do atleta na Vila. Como já disse, Weverton não xingou ninguém, não fez gestos obscenos, não agrediu. Apenas pôs as mãos em concha no ouvido como se dissesse: xinga mais. Também chutou duas bolas para o alto.

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Depois, e principalmente, porque é perigoso misturar atitudes, digamos, fora do aspecto técnico, com a decisão de chamar ou não determinado jogador para a seleção brasileira. Eventuais desvios de condutas, desde que não sejam graves, devem ser administrados pelo treinador. Do contrário, há chance enorme de prejuízo para o escrete nacional.

Ou alguém deixaria de convocar Neymar, o melhor jogador do Brasil e talvez melhor do mundo atualmente? Sim, afinal, o atacante constantemente tem atitudes antidesportivas, uma marca na carreira de um craque ainda imaturo. No último final de semana, aliás, teve duas com a camisa do Barcelona.

Neymar parou na frente da bola, numa cobrança de falta do Málaga, para amarrar as chuteiras. Ação acintosa e tremendamente juvenil para atrasar a partida (especula-se que esteja tentando promover seu novo calçado,  o que seria um escândalo). Tomou amarelo. Depois, fez falta violenta, com o braço no rosto do adversário, e foi expulso.

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As duas, digamos, “vaciladas” de Neymar vão custar a presença dele no clássico com o Real Madrid, o maior jogo do planeta. Um prejuízo imenso para o Barcelona. Fruto da infantilidade de seu jogador que tem também como costume provocar seus adversários. Não foi a primeira vez e, possivelmente, não será a última.

Diante desse quadro, a lógica diz que, se Weverton merece ficar fora da seleção por causa da provocação, Neymar também, correto? É como dois mais dois é quatro. Acho que melhor não, certo? Todas as atitudes dos selecionáveis devem ser avaliadas, sem “passar a mão na cabeça”, mas pensando no melhor para a equipe. Seleção brasileira não é escola primária.

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