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Garrafas de Coca Cola recebiam silki screen e voltavam à circulação
Garrafas de Coca Cola recebiam silki screen e voltavam à circulação| Foto:
Garrafas de Coca Cola recebiam silki screen e voltavam à circulação

Garrafas de Coca Cola recebiam silki screen e voltavam à circulação

Em plena ditadura militar, o artista plástico Cildo Meireles aplicava decalques em silk-screen em garrafas retornáveis de Coca Cola que, então, voltavam à circulação com mensagens que questionavam o regime milico ou mesmo com instruções para fazer um coquetel molotov.

Nas garrafas vazias as mensagens ficavam praticamente invisíveis. Quando as garrafas voltavam à circulação, traziam as mensagens bem visíveis, em contraste com o líquido escuro, para os consumidores do produto.

A ideia era usar a própria estrutura consumista para denunciar o regime apoiado por esse sistema de consumo.

Outra intervenção importante foi carimbar notas de baixo valor com os dizeres “Quem matou Herzog?” logo depois de o regime que prendeu o jornalista Vladimir Herzog jurar que ele tinha se suicidado, inclusive montando a cena toda.

Assim, apesar da lei do silêncio a respeito do acontecido, o questionamento estaria circulando entre a população.

Mesmo aqueles que não soubessem de quem se tratava esse tal de Vladimir, passariam, a partir do momento em que recebessem a nota, a se perguntar sobre o tema.

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