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Muhammad Yunus, dissiminador do microcrédito (photo credit: <a href="http://www.flickr.com/photos/54493932@N08/5751578522">Yunus-29</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>)
Muhammad Yunus, dissiminador do microcrédito (photo credit: Yunus-29 via photopin (license))| Foto:
O economista e ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006

Muhammad Yunus, dissiminador do microcrédito (photo credit: Yunus-29 via photopin (license))

O banqueiro e economista bengali Muhammad Yunus, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006, esteve em maio no Brasil para promover sua incubadora de negócios sociais, cujo objetivo é sim resolver problemas sociais e não gerar lucro para seus sócios: para ele, a economia deve ser pensada dessa forma.

Yunus foi o responsável pela disseminação mundial do microcrédito, empréstimos sem papéis ou garantias, dando acesso à dinheiro para gente pobre a quem os bancos costumam fechar as portas de seus cofres.

Em uma entrevista ele disse que não acredita que o propósito das pessoas seja acumular bens, concentrar renda e passar a vida procurando empregos. Para ele, “o que falta ao mundo é olhar mais para o próximo e trabalhar pela prosperidade coletiva”.

Segundo os estudos de Yunus, 85 pessoas detém mais da metade da riqueza do planeta e a metade mais pobre da população divide apenas 1% desse valor. Ele diz que, nesse cenário, são comuns empresas que crescem reduzindo o número de funcionários.

“Temos que redesenhar o sistema capitalista. Tudo o que dizem é ‘faça dinheiro, seja feliz’. Mas aí você ganha us$ 1 bilhão e não faz nada pelos outros. Para que serve us$ 1 bilhão? ‘Ah, dei emprego a muita gente.’ Sim, e pegou a riqueza para você. Concentração é tudo o que você produziu”, diz ele.

Quanto ao emprego, uma de suas declarações mais interessantes quando de sua visita ao Brasil:

Uma questão essencial está na ideia de emprego. Quem disse que nascemos para procurar emprego? A escola? Os professores? Os livros? Sua religião? Seus pais? Alguém colocou isso na cabeça das pessoas. O sistema educacional repete: ‘você tem que trabalhar duro’. Seres humanos não nasceram pra isso. O ser humano é cheio de poder criativo, mas o sistema o reduz a mero trabalhador, capaz de fazer trabalhos repetitivos. Isso é vergonhoso, está errado. As pessoas precisam crescer sabendo que é uma opção se tornar empregado, mas que existe a possibilidade de ser empreendedor, seguir o próprio caminho. É arriscado, incerto, há frustrações, mas é bem mais estimulante. Arrumar emprego é o que é seguro, garantido. Mas sua vida será limitada ao que decidirem por você.

Leia a matéria completa na Revista Trip. Texto indicado por meu amigo Tomás Eon Barreiros.

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