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O Tinder se baseia mais em aparência e, com ele, demora um tempo para descobrir a personalidade da outra pessoa (FOTO: <a href="http://www.flickr.com/photos/66944824@N05/14837259957">"i saw you on tinder" Trastevere 2014</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>)
O Tinder se baseia mais em aparência e, com ele, demora um tempo para descobrir a personalidade da outra pessoa (FOTO: "i saw you on tinder" Trastevere 2014 via photopin (license))| Foto:
Pichação com a logo do Tinder

O Tinder se baseia mais em aparência e, com ele, demora um tempo para descobrir o que se passa na cabeça da outra pessoa (FOTO: “i saw you on tinder” Trastevere 2014 via photopin (license))

Desde o início eu achei o Tinder um aplicativo meio estúpido.

Pra quem não conhece, você navega rapidamente pelas fotos das pessoas, empurrando para a direita caso tenha gostado e para a esquerda caso não.

Se uma das pessoas de quem você gostou também tenha simpatizado com sua lata, um canal é aberto e vocês podem passar a conversar.

Mas antes de mais nada, tudo se baseia em aparência física e pode-se perder um bom tempo antes de se descobrir que se trata de alguém por quem, na verdade, haveria pouco interesse.

Estou há algumas semanas usando o também gratuito OkCupid (se quiser matar a curiosidade: o meu perfil) e a sua principal vantagem é a possibilidade de já de cara você poder filtrar pessoas com as quais prefere não se relacionar.

Você responde a diversas perguntas e indica a resposta que espera de uma possível pessoa parceira.

Por exemplo, se a pergunta é sobre se você gosta de acordar cedo, talvez prefira que a outra pessoa também seja assim, marcando essa resposta tanto para si quanto para a outra.

Existem, claro, exemplos de respostas em que você marca uma alternativa e prefere que a outra marque alguma diferente.

O exemplo que ocorre à minha mente pervertida neste momento é o caso de a pessoa ser adepta do BDSM e que vai responder que é dominadora, preferindo que a outra responda que é submissa.

Mas, no meu caso, as melhores perguntas dizem respeito às questões sobre homofobia, machismo, racismo, fundamentalismo religioso e outros ismos que prefiro evitar.

Da mesma forma, pessoas simpáticas a esses tipos de pensamentos e comportamentos – ou que mesmo acham que eles não existem – de maneira alguma iriam gostar de perder dois segundos sequer falando comigo.

Ambos poupamos tempo.

Se isso é útil para mim que sou homem, cis, heterossexual e branco, imagine para uma pessoa gay, trans e não branca.

Finalmente, depois de responder a umas cem perguntas (você pode, é claro, responder milhares delas se quiser garantir maior compatibilidade), o site apresenta para você as pessoas que são supostamente mais compatíveis com sua personalidade.

Perguntas de caráter mais íntimo, como as de cunho sexual, podem ser preenchidas privadamente e a compatibilidade nesse quesito é analisada sem que as outras pessoas sequer vejam que você as respondeu.

Finalmente, você calibra o filtro de pesquisa para a distância que preferir, entre 25 km e 500 km da cidade onde você está, por gênero, porcentagem de match (normalmente o site busca pelo que chama de special blend, o que não é muito bom), envia uma mensagem para quem escolher e torce pelo melhor.

(Tem aplicativo para celular)

O defeito, para aqueles que não dominam o idioma de Clint Eastwood, é que o site é inteiramente em inglês.

Se sua preocupação ao conhecer pessoas que pensam tão parecido com você através do OkCupid é não ter o que conversar, não se preocupe: minha experiência e a de outras pessoas amigas mostram que sempre há sobre o que falar.

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