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A SÍNDROME METABÓLICA PODE ESTAR MATANDO VOCÊ
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Desde o aparecimento do Homo sapiens, há pelo menos 70.000 anos, até os dias atuais, a realidade do nosso meio ambiente e o estilo de vida da maioria das sociedades modernas se modificaram de forma expressiva. Ficamos à mercê de uma carga genética pouco adaptada ao meio ambiente atual, bastante diferente daquele em que fomos programados para viver. A saúde deveria ficar garantida por um estilo de alimentação saudável e atividade física associada. No entanto, diante dos hábitos da vida moderna, nosso equilíbrio metabólico ficou alterado.
Lado a lado com o sedentarismo, o consumo exagerado de carboidratos leva nosso pâncreas (produtor de insulina) a trabalhar em ritmo de “jornada tripla”. A insulina é um hormônio basicamente de armazenamento e transporte de glicose (açúcar) até às células, onde ele será utilizado ou armazenado como gordura. O corpo, no desejo de controlar os altos níveis de açúcar no sangue, compensa fabricando mais e mais insulina, mas o corpo passa a ficar resistente aos seus efeitos, o que se chama resistência à insulina.
Pessoas com Resistência à Insulina precisam, com o passar dos anos, de quantidades cada vez maiores de insulina para manter normal seu nível de açúcar no sangue (glicemia). Embora esses níveis elevados de insulina sejam eficazes num primeiro momento para manter a glicemia normal, eles também podem causar outros problemas de saúde, os quais constituem a Síndrome X:

*Inflamação arterial, podendo levar a infartes ou AVC;
*Hipertensão arterial;
*Redução do HDL colesterol (o benéfico);
*Aumento do LDL colesterol (o prejudicial);
*Maior propensão a formar coágulos;
*Ganho de peso, usualmente na zona média do corpo (obesidade central)

Quando combinados todos os fatores da Síndrome X, nosso risco de desenvolver doenças cardíacas aumenta vinte vezes.
Depois que os pacientes têm a Síndrome X por vários anos (talvez até 10-20 anos), as células beta produtoras de insulina do pâncreas simplesmente se desgastam e não conseguem manter a insulina num nível alto. Nesse ponto os níveis de insulina começam a cair e os de glicose a aumentar. Então, se não ocorrer nenhuma mudança no estilo de vida, o Diabetes Melito tipo II se instala. O envelhecimento das artérias se acelera ainda mais, conforme o açúcar sobe. O que as pessoas parecem não compreender é que os carboidratos são longas cadeias de açúcares que o corpo absorve em ritmos variados. O pão branco, a farinha branca, as massas, o arroz e as batatas liberam açúcares na corrente sanguínea ainda mais rápido que o açúcar branco… É um fato. São os chamados alimentos de alto Índice Glicêmico.
Logo que uma pessoa começa a desenvolver uma resistência à insulina, seu médico deve recomendar e apoiar mudanças no estilo de vida, pois é aí que os danos cardiovasculares começam. Jamais deve-se dar ao luxo de esperar que a pessoa fique diabética antes de tratá-la. Com as mudanças nos hábitos de vida, o paciente evita danos acelerados às artérias, bem como o diabetes e toda a gama de doenças que o acompanham. Essa é a verdadeira medicina preventiva. Um estilo de vida mais saudável e não drogas prescritas numa receita médica, é que farão a diferença…

Por Raquel Camargo

 

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