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É Caxumba. E agora?
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Até o dia 30 de junho de 2016 já foram registrados 613 casos de Caxumba em Curitiba, número próximo ao total de casos de 2015.

Outras cidades brasileiras como São Paulo, Distrito Federal e Florianópolis também já registraram surtos da doença este ano.

Foto – Canva

 

A Caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas produtoras da saliva, especialmente a glândula parótida, que se localiza próxima a orelha. É muito mais comum nas crianças, mas pode também ocorrer em adultos.

A pessoa doente transmite a doença pelas gotículas de saliva, cerca de 3 dias antes de começarem os sintomas, até próximo de 7 a 10 dias após o início do quadro.

São sintomas da Caxumba: febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor ao mastigar ou engolir. Uma característica é o inchaço na face, próximo da orelha, devido a inflamação da glândula. Algumas pessoas tem a Caxumba mas não apresentam este inchaço na face.

A Caxumba não é uma doença de notificação obrigatória no Brasil, isto porque comparada a outras doenças, é considerada uma infecção relativamente benigna. Em casos raros pode complicar e a pessoa apresentar meningite e surdez.

Uma preocupação popularmente conhecida é de que a Caxumba “desça”. Isto acontece pelo risco do vírus inflamar os testículos e causar infertilidade, algo raro e que só acontece se os dois testículos estiverem comprometidos.

A Caxumba não tem um tratamento específico.

Repouso, boa alimentação e hidratação adequada ajudam na recuperação.

Compressas mornas no local do inchaço de face podem aliviar a dor.

Uma queixa frequente é a dificuldade de mastigar, por isto, prefira alimentos pastosos e fáceis de engolir, como mingau, purê, gelatina e vitaminas de frutas.

No caso de piora da febre, das dores de cabeça e corpo, dor em região genital, enjoo e vômitos procure novamente atendimento médico.

A vacina contra Caxumba é dada em duas doses para as crianças: aos 12 e 15 meses. Ela confere uma proteção de mais ou menos 95%.

Adultos não vacinados devem tomar duas doses com intervalo de 1 mês entre elas.

Após o início da vacinação houve uma redução drástica no número de casos da doença.

Mas então por que estamos tendo registros de surtos em várias localidades do Brasil?

Uma explicação é o fato da vacina não conferir 100% de proteção. Outra questão são as crianças que não tomaram a segunda dose, o reforço.

No SUS, a tríplice viral (Caxumba / Sarampo / Rubéola) está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, estão disponíveis as duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, o SUS oferece apenas uma dose (apesar do recomendado ser sempre 2 doses da vacina).

Quem já tomou as 2 doses da vacina e quem já teve a doença estará protegido para toda a vida.

No inverno, com as temperaturas baixas, as pessoas tendem a fechar as janelas. Ambientes pouco ventilados e com ar mais seco, característico desta época do ano, favorecem a disseminação viral.

Para prevenir a doença, mantenha os ambientes ventilados, lave as mãos com frequência e evite contato próximo com pessoas com Caxumba. Não compartilhe talheres, pratos, copos ou respire muito perto de quem está com Caxumba.

A vacina é a melhor forma de se proteger contra a doença.

Vacine seus filhos, não esqueça da dose de reforço.

Por Dra Juliana Loyola Presa

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