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Não há como expor todos os produtos da loja na vitrine. E essa é uma das razões pelas quais esse espaço deve ser bem cuidado e executado, de forma que reflita o conceito da marca e informe sobre o mix de produtos. Semana passada falei sobre a importância de cada detalhe que compõe a vitrine (leia aqui). Hoje, ressalto que a boa impressão e o encantamento causados por ela precisam ser mantidos no momento em que o cliente entra no ponto de venda. Um interior de loja atrativo e bem organizado convida-o a explorá-lo, e utilizar formas variadas de exposição de produtos pode tornar essa experiência mais interessante (e lucrativa).

Além de araras convencionais, pense em cabideiros para exposição frontal, prateleiras, nichos, mesas, displays diferenciados… Calma! Não tudo ao mesmo tempo. Aproveitar cada metro quadrado do ponto de venda não significa abarrotá-lo de estantes ou manequins, mas criar espaços inteligentes que gerem identificação e levem informação de moda. Brinque com as alturas e elementos visuais, sempre respeitando a identidade da sua marca e avaliando “com os olhos” de seu público alvo.

COS Store por Office AO Architecture & G Architecture (crédito: divulgação)

Experimente diferentes recursos para apresentar cada produto da melhor forma. Não foram poucas às vezes em que, trabalhando no varejo, notei a diferença no volume de vendas de uma peça após alterar a forma de exposição dela. Camisetas estampadas, por exemplo, são mais atrativas quando exibidas frontalmente, e itens básicos ou que gerem dúvida quanto ao uso podem atrair mais olhares se colocados em conjunto ou sobreposição com outras peças.

Casacos com preço elevado podem estar entre duas araras: impulsione a venda mostrando que a peça pode ser coordenada tanto com os itens da direita quanto da esquerda. Mesas podem conter combinações de peças que sugiram dois ou mais looks diferentes com os mesmos produtos e expositores com iluminação especial valorizam itens especiais ou peças pequenas que tendem a ficar menos visíveis, como acessórios. Lojas que trabalham com roupas e calçados podem posicionar o sapato em um display sob as peças que combinam com eles, e complementos como echarpes lisas e cintos neutros podem estar estrategicamente próximos ao provador.

Display de calçados da grife Jimmy Choo. (crédito: divulgação)

Inovar não exige necessariamente alto investimento. Quando a arquitetura da loja não é tão versátil é possível criar expositores em “espaços negativos” (sem utilidade) com itens básicos como prateleiras ou ganchos. Um mesmo mobiliário pode abrigar diferentes exposições em época de lançamento ou liquidação, reestruturando a organização dos produtos ou inserindo/retirando elementos. Seja assertivo ao escolher a estrutura do ponto de venda, curioso para pesquisar referências e criativo para deixar seu negócio sempre com cara nova.

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