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HOMOCISTEÍNA – O NOVO COLESTEROL
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Algumas publicações médicas a consideram “o novo colesterol”, mas a homocisteína ainda é muitas vezes desconhecida pelo público em geral.

Você já ouviu falar dela? Ou, melhor ainda, seu médico já a solicitou nos seus exames de rotina?

Provavelmente não… Pois saiba que ela é uma ameaça grande no que se refere a doenças cardiovasculares. Estima-se que o nível elevado dessa substância seja hoje o responsável por aproximadamente 15% de todos os ataques cardíacos e AVCs no mundo, e há 9 milhões de pessoas com doenças cardiovasculares pelo mesmo motivo.

A homocisteína é um subproduto intermediário natural do metabolismo que produzimos quando nosso corpo metaboliza (quebra) um aminoácido chamado METIONINA, presente na carne bovina, ovos, leite, queijo, farinha branca, comida enlatada e em alimentos altamente processados.

Tudo do que a dieta ocidental está cheia. Nosso corpo normalmente transforma homocistéina em cisteína ou novamente em metionina.

No entanto, para que isso ocorra, as enzimas necessárias necessitam de ácido fólico (vitamina B9), vitamina B12 e vitamina B6. Se tivermos deficiência de tais nutrientes, os níveis de homocisteína no sangue começam a subir. Isto favorece um espessamento do sangue, de modo que contribui para a formação de coágulos e conseqüente aumento do risco cardiovascular.

Os níveis de homocisteína: riscos para idosos e vegans e outros Níveis elevados de homocisteína são encontrados frequentemente em pessoas idosas ou vegans. A causa é muitas vezes a falta de vitamina B12. Enquanto a dieta vegetariana naturalmente contém pequenas quantidades de vitamina B12, os problemas de absorção da vitamina podem causar deficiência em idosos, pessoas com intolerâncias alimentares não tratadas, cirurgia bariátrica, doenças desabsortivas intestinais como doença de Crohn por exemplo. Os indivíduos mais velhos têm cerca de 40-60% de homocisteína a mais.

A melhor prevenção contra níveis elevados de homocisteína e deficiências de nutrientes é a ingestão de vitaminas. Porém, nem todos os paacientes respondem bem ao uso exclusivo de vitaminas B. Isso indica que tais pessoas possuem um problema enzimático na conversão da homocisteína a produtos benignos e inofensivos. A estes, se dá também Betaína, outro aminoácido.

E que níveis de homocisteína são ideais no sangue? A maiora dos laboratórios determinará os níveis normais entre 5 – 15 micromols/L. A literatura médica diz que quando esse nível se eleva muito acima de 7 micromols/L, o risco de desenvolver doenças cardíacas se torna aparente.

Temos que lembrar que em 30% dos casos, o primeiro sintoma sinal de doença cardíaca é o infarte. Por isso, se você ainda não dosou sua homocisteína, no próximo check up a inclua na rotina, ok?

Por Raquel Camargo

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