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Produtos com qualidade, preços competitivos, presença em redes sociais, bom atendimento… Em tempos de crise, nenhuma estratégia pode ser poupada, e uma das mais eficazes ferramentas para atrair e fidelizar consumidores os alcança antes que eles entrem em seu ponto de venda: Já olhou, com cuidado, sua vitrine hoje?

Quando lojistas e empresários conversam comigo com o objetivo de aprimorar suas vitrines, preocupam-se, em primeiro lugar, com a inserção de acessórios ou sobreposições, elementos cenográficos e materiais de comunicação, sendo que esses pontos são os últimos tópicos de um check-list básico para uma boa vitrine. De nada adianta um cenário digno de capa de revista como plano de fundo para manequins mal conservados, ou uma produção de moda rica em detalhes quando a falta de iluminação adequada não os evidencia.

(crédito: Referenceace – Working! via Visualhunt)

Antes de pensar na parte promocional e criativa, certifique-se de ter em mãos o “básico bem feito”. Para começar a estudar e elaborar sua vitrine atente-se a cinco pontos (lembrando que, aqui, não existe ordem de importância: o bom resultado do conjunto é essencial):

Limpeza e conservação

Parece óbvio, mas não são poucas as vitrines sujas que vejo por aí. A limpeza do vidro, do chão/tablado, dos manequins e demais materiais (como bases ou cubos) reflete o cuidado que a loja tem com sua estrutura, produto e, por que não, cliente. Lembre-se também de “bater” a poeira que eventualmente acumula-se sobre peças escuras que estão nos manequins. E por falar neles, conserve e substitua seus manequins quando necessário. “Modelos” descascadas, tortas ou quebradas desvalorizam qualquer produção, por isso vale a pena investir em bons materiais e avaliar a relação custo x benefício desses itens (que não costumam ser baratos).

Iluminação 

A iluminação pode ser uma ótima aliada ou “jogar contra” o seu negócio. Certifique-se de que não existem luzes queimadas (olha a conservação novamente em pauta) e se os focos estão direcionados ao que deve ser destacado: ilumine seu produto, não o chão ou as paredes laterais. Escolher o tipo de iluminação mais coerente com o conceito da sua marca ajuda a reforçar a imagem da empresa e a chamar a atenção do seu público alvo. Um bom exemplo é o projeto de iluminação de lojas como Diesel e John John.

(crédito: Oscar F. Hevia via Visualhunt)

Passadoria e ajustes

Roupa amassada jamais! Larga ou justa demais nem pensar! Antes de chegar à vitrine, as peças precisam ser cuidadosamente passadas. Após vesti-las nos manequins, verifique se o caimento está correto. Não? Ajuste. Tenha em sua loja um kit básico de styling com fita adesiva, alguns tipos de alfinetes, clipes (sim, eu ajusto jaquetas de couro, por exemplo, com clipes de papel), elástico e outros itens para deixar as peças “no lugar”. Uma roupa que não veste bem nem mesmo sua manequim não atrairá o cliente (e pode ser apenas uma questão de ajuste).

Produção de moda

Tal qual nos editoriais e anúncios, um bom styling na vitrine encanta, informa sobre tendências e sugere formas de uso. Para essa missão, caso não possa contar com um profissional de Moda, invista frequentemente algum tempo para pesquisar sobre o assunto, buscar referências em sites e publicações especializadas (melhor ainda se forem direcionadas ao seu público) e experimentar composições diferentes. Pare, pense e repense os looks da vitrine. Avalie a mensagem e a adequação dos visuais expostos ao público da sua loja. Não produza um espaço tão importante com pressa!

Cenografia e comunicação

Após garantir uma boa apresentação com a imagem de moda que reforça a “missão” da sua marca e atrai seu público é que se deve pensar no “entorno”. Cenografias inadequadas ao espaço e estilo da loja podem colocar tudo a perder. Imagens de fundo carregadas podem “apagar” seu produto, e quanto maior o número de elementos maiores são as chances de errar e criar uma mensagem confusa ou contraditória. Banners e outros recursos de comunicação também precisam ser bem projetados e bem localizados. Nas últimas semanas faltam dedos nas mãos para contar a quantidade de adesivos de vitrine que me impediram de ver o que realmente importa. Lembre-se que esses recursos são secundários e criados para evidenciar, não esconder, o que está à venda. Existem exceções, mas essa já é outra pauta…

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