Os perigos do ciclismo na estrada

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Vejo com muito entusiasmo e satisfação o crescimento do ciclismo de uma maneira geral no Brasil. Observando “in loco” o crescimento dos ciclistas de estradas me chamou a atenção a falta de segurança destes ciclistas nas estradas e rodovias. E não estamos aqui agora atentando ao perigo que os motoristas nos causam, mas sim, no perigo que os ciclistas estão causando a eles mesmos.

Foto – Fabiola Chiminazzo

Sempre atribuo a pratica do ciclismo a diversão, mas nunca a distração. Diversão sem distração.

Hoje o numero de entusiastas que estão fazendo das estradas a extensão das ciclovias dos parques é enorme. Aos sábados e domingos os parques ficam abarrotados de pessoas pedalando, caminhando, correndo, patinando e, este “rush” todo está fazendo com que os apaixonados por pedalar sejam “empurrados” para as estradas. E ai está todo o perigo por que para ir para estrada deve se estar preparado. O propósito é vivenciar a sensação de liberdade que a bicicleta proporciona. Mas infelizmente alguns também estão sofrendo acidentes graves e até mortes.

O ciclismo é o esporte que figura entre os três que mais fazem vítimas fatais no mundo. A frente do Paraquedismo, Motocross e Base jump, por exemplo.

Mas calma, existem vários procedimentos de segurança que podem ser facilmente adotados.

Eles podem salvar a sua vida e a vida de outros.

Primordial antes de sair para a estrada é ter a habilidade de pilotar a sua bicicleta. Se você não está apto a tirar as mãos do guidão, frear corretamente, se você está mal posicionado, desconfortável na bicicleta, você está em perigo. Se você não conhece o sistema de marchas ou o funcionamento geral da sua bicicleta, você está correndo riscos quando pegar uma estrada ou ciclovia, uma trilha ou mesmo sair para pedalar no parque.

Alguns sinais feitos com as mãos e com os braços podem substituir os sinais de pisca de um carro. São sinais universais de trânsito e basicamente você poderá utilizar pelo mundo todo. Eu mesma já os utilizei na Itália, México e África do Sul e obtive êxito. Claro que gente sem educação e mal amada tem no mundo todo e pior, dirigem carros. Mas se você fizer a sua parte, metade do caminho já estará feito.

Veja imagens abaixo.

Você tem como obrigação ser capaz de girar o corpo para trás sentado e em velocidade. Ser capaz de olhar para trás sem perder a direção da bicicleta. Conheça previamente as estradas e rodovias que você escolher para treinar ou passear.

Identifique se possuem acostamentos em todo o percurso, buracos, entradas, saídas e acessos.

Evite datas especiais e comemorativas as quais o movimento de carros e caminhões será maior.

Itens famosos de segurança para você vestir, nunca são demais lembrar: Capacete, luvas e óculos. Preste atenção quanto ao posicionamento correto do capacete. Engenheiros perdem horas para desenvolvê-los para que você o vista de forma adequada.

Não pense que usar aquelas roupas espalhafatosas com cores gritantes são para chamar

atenção, tenha certeza que são! E mesmo assim ás vezes não funciona. Somos atropelados.

Não trafegue na contra mão, nunca! Os ciclistas fazem parte do trânsito, não pedale contra o fluxo dos carros, é perigosíssimo. Se deslocando no mesmo sentido dos carros, além de seguro você estará amparado pela legislação nacional de transito.

Não use fones de ouvidos, fazer uso deles é como pedalar as cegas! Orientamo-nos pelos sons e ruídos ao nosso redor. Considere isso.

O fato de você não conseguir solucionar emergências mecânicas na estrada, também representa um dos motivos de maior incidência de acidentes graves. Se depois de uma queda leve você não tiver condições de avaliar os danos na sua bicicleta, estas avarias poderão infelizmente lhe causar um acidente ainda maior.

Não saber trocar um pneu furado, principalmente no Brasil, pode lhe deixar vulnerável na beira da estrada e suscetível a um assalto ou roubo.

Meu intuito é alertar para que você continue tendo boas experiências, experiências únicas com a sua bicicleta.

ciclismocampeao@outlook.com e, boas pedaladas!

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Por Cynthia Duarte

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