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Por quanto tempo deve-se fazer reposição hormonal?
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Ai, ai, ai… Mais um assunto polêmico. Adoro! Kkkk

E o outro assunto controverso e que aqui tem a ver é o famoso ESTUDO WHI (Women’S Health Initiative). Vamos ver os erros e acertos desse estudo baseados no Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa de 2014. Este estudo demonstrou aumento do risco de câncer de mama em usuárias de Terapia Hormonal. Que hormônios foram utilizados nesse estudo? Estrogênio EQUINO conjugado (EEC) e Medroxiprogesterona (AMP). Observem que estes inexistem no corpo humano, são substâncias estranhas a ele. Mesmo assim, o uso de EEC demonstrou redução no risco de câncer de mama. Quanto às outras patologias associadas, as mulheres que usaram EEC associado a AMP tiveram risco aumentado de doença cardiovascular, fraturas, e câncer de cólon (intestino). Por outro lado, usuárias somente de estrogênio não demonstraram aumento ou redução do risco de doença cardiovascular, trombose venosa profunda, fratura de colo de fêmur, câncer de cólon ou aumento de mortalidade.

O uso de Terapia Hormonal é uma decisão individualizada em que a qualidade de vida e fatores de risco como idade, tempo de pós- menopausa, risco individual de tromboembolismo, doença cardiovascular e câncer de mama devem ser sempre avaliados. De mais a mais, o momento do início da reposição, a dose e a via de administração parecem ter um papel importante. Em uma reanálise do estudo se observou que as mulheres que tiveram maior benefício foram aquelas com idade entre 50 e 59 anos ou com menos de 10 anos de pós-menopausa, as quais tiveram redução da incidência de doença cardiovascular e da mortalidade.

“O que penso de verdade? Foi um estudo mal feito, com mulheres de idade avançada e outras mais jovens, tabagistas, obesas, diabéticas, hipertensas, com saúde, sem ela, com hormônio sintético, e pela via oral (péssima opção). O que se esperava num grupo desses?

Que ninguém haveria de ter câncer, infarte, AVC? “

A principal indicação de reposição deve ser o tratamento dos fogachos (os calorões), mas se controla osteoporose, sintomas genitourinários, distúrbios de humor e do sono , as doenças cardiovasculares, a prevenção de diabetes, demência e se melhora a qualidade de vida. A verdade é que antes da menopausa enfartam 5 homens para cada mulher e depois da menopausa 5 homens para cada 5 mulheres! É o estradiol quem as protege de doenças cardiovasculares.

Após 10 anos de tratamento, observou-se que as mulheres que iniciam terapia de reposição hormonal na menopausa recente parecem ter MENOS risco de eventos cardiovasculares e de mortalidade, e SEM aumento do risco de QUALQUER TIPO DE CÂNCER, incluindo o de MAMA, de TROMBOSE VENOSA PROFUNDA e AVC do que as SEM tratamento. Parece haver REDUÇÃO do risco da doença de ALZHEIMER e há melhora da cognição. Reduz incidência de CÂNCER COLORETAL.

Se se tiver o cuidado de dosar e repor em doses fisiológicas também a testosterona, os benefícios serão ainda maiores. A libido será restaurada, assim como força muscular, massa magra, metabolismo, manutenção da estatura, humor, vigor, memória e sono, só para lembrar de alguns benefícios. Recentemente a mídia noticiou a relação da testosterona com a prevenção de doenças da velhice como Câncer, Alzheimer e Diabetes, além de parecer promover o aumento da expectativa de vida.

Semana que vem abordaremos os tipos de hormônios da menopausa, principais funções e vias de administração disponíveis atualmente, ok?

Por Raquel Camargo – médica

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