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Dá pra comer o matinho do quintal? Curso ensina tudo sobre PANC – Plantas alimentícias não convencionais
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PANC: botões florais de Oxalis, que é o trevo de arbusto e também suas folhas. Flores de malvavisco, alface selvagem, folhas e flores de begonia . E frutos de maria-pretinha. (Foto/ Divulgação)

De uns tempos para cá virou febre. Até com algum exagero. Os cozinheiros profissionais e os grandes chefs de cozinha descobriram as PANC (Plantas alimentícias não convencionais) e é um tal de pesquisar este ou aquele matinho ali do canto do sítio ou do quintal para saber se dá ou não para pôr no prato.

Manu Buffara foi a pioneira. A premiada e vitoriosa chef (hoje a principal bandeira paranaense na gastronomia nacional – e até internacional) começou a analisar e a explorar plantas que normalmente não seriam aproveitadas à mesa e estendeu suas buscas para outros segmentos, como o mel de jataí e mais algumas preciosidades. Lênin Palhano veio a seguir e, no vácuo, alguns outros bons cozinheiros de Curitiba e região.

Borago, flor comestível que encanta os chefs. (Foto/ Anacreon de Téos)

Borago, flor comestível preferida dos chefs. (Foto/ Anacreon de Téos)

Hoje em dia o comensal já não estranha quando o prato servido é decorado, por exemplo, com flores comestíveis. Vieram primeiro as capuchinhas e, com o tempo, também foram chegando as levas de amor-perfeito e cravina. A oferta, agora, é bem mais ampla. Na SN Frutas e Verduras (a banca da Sidneia), no Mercado Municipal de Curitiba, podem ser encontradas as já citadas, mas também há torênias, tumbérgias, alfazemas, begônias, calêndulas, tagetes, margaridas-ouro, zínias e, mais recentemente, boragos, estas as queridinhas dos grandes chefs internacionais. Sem contar rosas, dálias, miosótis, petúnias, girassóis e outras flores, também comestíveis, que podem ser encontradas em qualquer jardim.

Mas as PANC não se resumem às flores, evidentemente. Aquele matinho que cresce junto à horta ou na grama de casa e que costuma ser tratado como erva daninha pode, muito bem, ser comestível. Quer um exemplo? Aquela florzinha amarela que amadurece e depois a gente assopra para espalhar ao vento é da serralha e suas folhas são muito apreciadas, cozidas ou refogadas.

Curso para conhecer as plantas

Para quem porventura tenha se interessado pelo assunto e deseje ir mais a fundo na busca de informações, há um curso de PANC sendo anunciado para os próximos dias. O Good Food Market, em parceria com a etnobotânica Carolina Weber Kffuri, do Sítio Lua Quebrada (que fica no município de Cerro Azul), vai ensinar a preparar pratos típicos com plantas alimentícias não convencionais. O Good Food Market, que completa um ano neste mês de novembro, nasceu com a proposta de uma alimentação saudável e democrática.

O curso foi elaborado para ensinar o aluno a identificar as plantas comestíveis e também dar indicações e informações para que as pessoas possam estudar por conta própria e aumentar o conhecimento botânico e gastronômico sobre as PANC. A proposta é ensinar a identificar as plantas comestíveis que ocorrem em todo o estado do Paraná e também outras nativas do Brasil, seus aspectos nutricionais, toxidez, forma de preparo e uso.

O curso será dividido em duas etapas. Na primeira, no Good Food Market, acontecerá a parte teórica e o preparo dos pratos – tantos os simples do dia a dia quanto os mais elaborados. Já a segunda, será uma prática, com a visita ao sítio Lua Quebrada, produtor de PANC, para o pessoal identificar as plantas in loco e ver como podem ser cultivadas.

As espécies de PANC são muitas, incomensuráveis, algumas com restrições para uso por crianças, mulheres, pacientes renais e outros. Mas existem aquelas que podem ser consumidas sem restrições. Os benefícios são muitos. Além do alto teor nutritivo, possuem ferro, fibras, minerais, proteínas, zinco, molibdênio e outros, em quantidades significativamente maiores que em outras plantas alimentícias convencionais – é o que pretende explicar o curso.

A “Palestra de Iniciação às PANC” será realizada no dia 7 de dezembro, às 19h, no Good Food Market, com inscrição a R$ 30, a ser paga no local.

Já o “Curso de PANC – Plantas Alimentícias não Convencionais”, acontecerá nos dias 10 e 11 de dezembro, a partir das 14h30. No primeiro dia, no Good Food Market e, no dia seguinte, com deslocamento ao sítio Lua Quebrada, fornecedor de PANC.

O custo é de R$ 100 para a primeira etapa e R$ 120 para a segunda. Para as duas etapas, R$ 200.

Informações pelo WhatsApp (41) 99633-8879.

Good Food Market

Rua Augusto Stresser, 1941- Juvevê

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