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Embaixador da Pernod Ricard apresenta em Curitiba vinhos da Austrália, Nova Zelândia e Espanha
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Os vinhos da Pernod Ricard importados pela Porto a Porto e já colocados no mercado. (Foto/ Divulgação)

Federico Lleonart, embaixador global da Pernod Ricard. (Foto/ Divulgação)

O argentino Federico Lleonart, embaixador global da Pernod Ricard, uma das maiores companhias de bebidas do mundo, esteve em Curitiba, dias atrás. E com uma missão das mais agradáveis (para nós, consumidores): apresentar e comentar três das linhas de vinhos representadas pelo conglomerado francês: a australiana Jacob’s Creek, a neozelandesa Brancott Estate e a espanhola Campo Viejo.

Para tanto, a importadora Porto a Porto organizou um encontro no restaurante La Varenne Gastronomia, feliz escolha para quem imaginou a combinação de belos vinhos com a impecável comida do chef Ivo Lopes. Para alguns convidados, Lleonart apresentou seus vinhos à medida que eram servidos e harmonizados com os pratos.

O vinho de boas-vindas foi o Jacob´s Creek Chardonnay 2013 (R$ 71), com sabores de frutas frescas – destacando-se o melão – complementadas por sutil amadeirado que são todas as características desta variedade, só que tem o toque amanteigado mais comum. Vinho interessante, que se revelaria mais completo um pouco depois, com a chegada dos pratos. 12,7% de teor alcoólico.

O primeiro prato foi a assinatura do chef Ivo Lopes, talvez o prato mais significativo de seu rico cardápio: Ravióli de bacalhau gadus morhua com gema de ovo caipira, sobre o qual já tive a oportunidade de escrever e me deliciar aqui. Dois vinhos com a uva sauvignon blanc foram escolhidos para a harmonização: Jacob’s Creek Reserve Sauvignon Blanc 2013, 13% (preço sugerido R$ 112), e Brancott Estate Letter Series “B” Sauvignon Blanc 2012, 13,5% (R$148). O primeiro passou um frescor descompromissado para um fim de tarde, exibindo uma intensidade de sabor de maracujá, aromas tropicais com acidez controlada e um refrescante toque frutado para terminar. O neozelandês apresentou também o maracujá, mas com notas cítricas com um final longo e saboroso. Bem interessante e dos dois foi o que melhor se deu com prato. Só que a grande surpresa foi experimentar o chardonnay, que, mesmo já estando um pouco acima da temperatura (por ter sido servido antes, na chegada), casou harmoniosamente com a gema e o bacalhau.

Foram dois os pratos principais. Primeiro um Tortelli de coelho ao molho do assado com creme burrata (delicioso!) e, depois, Côte de boeuf assada em baixa temperatura com purê de batatas ao molho de vinho. Dois tintos para a parceria. Jacob´s Creek Reserve Shiraz 2011 (R$112), um vinho de 14,1% de teor alcoólico, produzido apenas com parcela super-selecionada das uvas produzidas no local, apresentando-se generoso e complexo, com mostra de amoras maduras, notas de pimenta preta e sutil amadeirado. O outro foi o espanhol Campo Viejo Reserva 2008 (132), feito com as uvas Tempranillo, Graciano e Mazuelo, com 13,5% de álcool. De cor vermelha-rubi com uma borda dourada, chegou brilhante e profundo, com aromas complexos e grande equilíbrio entre as frutas (cerejas, ameixas pretas, amoras maduras) e as nuances limpas proveniente da madeira (cravo, pimenta, baunilha e coco). Suave e equilibrado no palato, elegante e um final longo e persistente. Foi o que melhor se deu com a carne, enquanto o Shiraz casou perfeitamente com a massa, pela delicadeza da textura e do sabor do coelho.

Para arrematar, um impecável Crème brûlée de limão siciliano.

As vinícolas

Federico Lleonart com Pedro Correia Oliveira, da Porto a Porto, na apresentação dos vinhos. (Foto/ Anacreon de Téos)

Verdadeiro ícone da indústria australiana, a vinícola Jacob´s Creek produz rótulos de personalidade e elegância. Se hoje o Vale Barrosa, no sul da Austrália, é conhecido pelos excelentes vinhos, o crédito é também do imigrante alemão Johann Gramp, natural da Bavária, que plantou seu primeiro vinhedo por lá em 1847. Jacob’s Creek originalmente é o riacho que atravessa a região. Ele emprestou o nome à famosa marca de vinhos produzidos pela Orlando Wine, fundada por Gramp. A empresa foi adquirida pela Pernod Ricard em 1989 e tem atualmente o tenista sérvio Novak Djokovic, o número 1 do mundo, como embaixador da marca.

A produção de vinhos de qualidade da Nova Zelândia começou em 1980, pois só então os locais passaram a produzir vinhos exclusivamente com a vitis vinífera. Hoje o país é reconhecido pela superioridade da uva Sauvignon Blanc. A Brancott Estate foi fundada ao sul de Auckland, em 1961, mas na época se chamava Montana. Em meados dos anos 1970 a produção chegou à região de Marlborough, na Ilha Sul, desacreditada à época, em função das baixas temperaturas. Mas, devido à combinação de solo, clima e insolação, desde a primeira colheita a Sauvignon Blanc mostrou todo seu caráter, arrebatou prêmios e gerou grande interesse pela região. Em 2010, a companhia mudou o nome para Brancott Estate.

Campo Viejo é um produtor de vinhos conceituado na Rioja desde que dois enólogos locais, Beristain e Ortigüela, plantaram na região ao norte da Espanha a primeira safra, em 1959. Até hoje a vinícola se destaca pela inovação que aplica à produção, além de ser símbolo da expressividade da região onde a uva Tempranillo reina absoluta,

Esses vinhos todos já foram colocados no mercado pela Porto a Porto e podem ser encontrados em lojas especializadas, dentre as quais Casa da França e Adega Brasil. Vale a recomendação para qualquer boa adega.

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